Foram registrados 13 crimes contra bancos no Maranhão
No site do Sindicato dos Bancários, é possível ver que neste ano, somente de saidinhas bancárias, foram 5 ocorrências, incluindo tentativa de assalto.
Em 2021, foram registradas 15 ocorrências de crimes praticados contra instituições financeiras. Já em 2022, 13 foram contabilizadas, de acordo com informações da Polícia Civil do Maranhão, que incluem roubo com ou sem explosivos, roubo a carro forte e ação com uso de maçarico ou corte.
De acordo ainda com a Polícia Civil, em 2021 foram efetuadas 47 prisões referentes a esses crimes. Em 2022, 45. “A Polícia Civil tem intensificado suas ações de repressão aos crimes praticados contra instituições financeiras no Maranhão através de seu setor de inteligência, que executa um trabalho investigativo em operações que podem durar meses, e que resultam na elucidação de casos, além de tirar de circulação as quadrilhas. A PC-MA trabalha, também, em conjunto com as polícias de outros estados que monitoram tal modalidade, visando identificar as ramificações dos grupos criminosos, além do trabalho integrado com a Polícia Militar do Maranhão”, informou a Polícia Civil.
No site do Sindicato dos Bancários, é possível ver que neste ano, somente de saidinhas bancárias, foram 5 ocorrências, incluindo tentativa de assalto. “Saidinha bancária” é o nome dado ao crime contra o cidadão que acaba de fazer saque em dinheiro junto ao banco.
A vítima é escolhida, geralmente por “olheiros”, que se encarregam de observar e identificar as pessoas que fazem saques bancários.
Em seguida, sabendo que o cliente acabara de receber dinheiro, o “olheiro” transmite a informação aos comparsas, que normalmente ficam no exterior da agência, que só tem o trabalho de seguir a vítima, para arrebatar-lhe o dinheiro.
A última ocorrência registrada como saidinha (na verdade o crime ocorreu quando a vítima chegava na agência), ocorreu em Vargem Grande, em setembro, na porta da agência bancária. Um trio, formado por dois homens e uma mulher, acabou sendo preso, na cidade de Bacabeira, suspeito do crime.
Na ocasião, a Polícia Civil informou que a vítima, dono de uma casa lotérica havia ido à agência realizar um depósito quando foi abordado por dois homens armados. Após o assalto, eles ainda atiraram para cima e fugiram em uma motocicleta.
Após ação da polícia, além da prisão do trio, a polícia também conseguiu apreender o dinheiro roubado, duas armas de fogo e o veículo. Eles respondem por associação criminosa, roubo majorado e porte ilegal de arma de fogo.
Assaltos a agências bancárias caiu 36,2%
De acordo com o Sindicato dos Bancários, as outras ocorrências ocorreram em São Luís, nas proximidades das agências Bradesco (São Francisco), Caixa Econômica (Centro) e Banco do Brasil (Jaracati); e em São José de Ribamar (Bradesco).
Alguns dos arrombamentos/explosões de agências ocorreram em Alto Alegre do Pindaré (Bradesco), Penalva (Bradesco), Balsas (Caixa), e Joselândia (Bradesco).
Queda nos crimes
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com base em um levantamento feito com 17 instituições financeiras, que representam juntas 90% do mercado bancário do país, o número de assaltos e tentativas de assaltos a agências bancárias caiu 36,2% em 2021 na comparação com o ano anterior, passando de 58 para 37 ocorrências.
As ocorrências de ataques a caixas eletrônicos também apresentaram queda na comparação entre os dois anos, passando de 434 para 266 notificações, o que representou recuo de 38,7%.
Em 21 anos, o número de ocorrências de assaltos a banco caiu 98%. Já os ataques a caixas bancários vêm registrando tendência de queda há sete anos. Em 2014, esse tipo de ataque registrou o pico, com 3.584 ocorrências. Comparando os números de 2014 e 2021, o recuo foi de 92,5%.
Segundo a entidade, para impedir os crimes, os bancos brasileiros têm investido R$ 9 bilhões ao ano em segurança, o triplo do que era gasto há dez anos.
Os bancos também têm investido em canais digitais, o que reduz a necessidade de manuseio de dinheiro em espécie pelo cliente nas agências bancárias.