RESGATE

Em Minas Gerais, 74 maranhenses são resgatados em situação análoga à escravidão

Os trabalhadores do Maranhão ficavam na atividade de corte de alho e coleita de batata.

Um quarto em situação insalubre abrigava cerca de 45 pessoas. (Foto: Reprodução)

Auditores-fiscais do Trabalho do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) resgataram ao todo, 99 trabalhadores em condições análogas à escravidão na região de Araxá (MG).

Eles concluíram uma série de fiscalizações nas atividades de retirada da palha de milho, corte de alho e colheita de batata. Participaram, também, o Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Federal, Defensoria Pública da União, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal.

Entre os resgates, foram encontrados em Santa Juliana (MG), 74 trabalhadores provenientes do Maranhão, trabalhando na atividade de corte de alho e colheita de batata.

Estavam alojados, no centro da cidade, em espaços improvisados, como uma antiga funerária, onde foram colocadas divisórias para servir de quarto para 45 trabalhadores, que ficavam amontoados no espaço.

A equipe que realizou a ação fiscal observou que as instalações sanitárias estavam dividindo espaço com o local de preparação das refeições. Não havia lavanderia, espaço de lazer, tampouco local para refeições.

Em outro alojamento, os fogões estavam com infestação de ratos e as instalações elétricas eram improvisadas, com risco de choque elétrico. Não havia chuveiro com água quente para os trabalhadores.

A Inspeção do Trabalho concluiu que todos os trabalhadores estavam em condições degradantes. Por isso, as vítimas foram afastadas imediatamente das atividades que realizavam.

Os empregadores foram notificados pela Auditoria-Fiscal do Trabalho e promoveram o pagamento das verbas rescisórias.

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