Durante fiscalização nessa terça-feira (20), no município de Imperatriz, uma equipe PRF deu ordem de parada a um carro de passeio que apresentava um boletim de ocorrência confeccionado junto à Polícia Civil do município de Redenção no estado do Pará.

O boletim estava registrado na data de 26 de novembro de 2019. Segundo o documento, havia uma situação de compra do automóvel utilizando de meios fraudulentos no pagamento.

Ao ser abordado, o condutor informou ser vendedor de uma loja de veículos seminovos, e a equipe se deslocou com ele até seu local de trabalho, onde conversou com o proprietário da loja e do veículo.

O autor afirmou ter comprado o automóvel com um corretor de veículos que trabalha no município de Santa Inês, cidade do Maranhão, com quem já havia realizado a compra de dez veículos. Ele também alegou estar com o veículo desde junho de 2021.

O proprietário do veículo ainda explicou que cerca de dez dias depois da negociação, entrou em contato com o vendedor solicitando a emissão do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) e questionou sobre uma restrição junto ao sistema do Detran, no Pará.

Posteriormente, ele descobriu que o carro foi adquirido de forma fraudulenta no município de Belém e, após cinco meses, recebeu a devolução de metade do valor do automóvel, desde então não expôs mais o veículo à venda em sua loja, e passou a utilizá-lo somente para demandas administrativas.

Desta forma, o proprietário da loja foi enquadrado como autor do crime de receptação, enquanto o motorista foi enquadrado como testemunha. O autor foi apresentado à cautela do Plantão Central da Polícia Civil em Imperatriz, no Maranhão.

Atenção para o golpe

Carro Finan” ou ainda “Carro NP” (não pago) significa um carro que foi financiado mas nenhuma prestação foi quitada.

O golpe acontece desta forma: os golpistas conseguem dados pessoais de “laranjas” para comprar carros zero em concessionárias. Assim que o retiram da loja, já o oferecem nos sites de carros NP.

As prestações deixam de ser pagas, até que então o agente financeiro decide pela busca e apreensão do veículo e, enquanto isso, o veículo é revendido a um preço muito baixo e segue rodando, o que é crime.