VIOLÊNCIA

Mulher é agredida por companheiro e empurrada em cerca de arame

A violência aconteceu na zona rural de João Lisboa. Ela continua sofrendo ameaças após Justiça conceder medida protetiva.

Mulher fica ferida após ser empurrada em cerca de arame. Foto: Reprodução

A reincidência da violência doméstica fez uma vítima procurar a delegacia por duas vezes esta semana. A segunda, três dias depois de ser concedida a medida protetiva. Após uma discussão com o companheiro, no povoado Centro do Toinho, zona rural de João Lisboa, uma mulher que não teve o nome divulgado foi agredida por ele e a agressão foi testemunhada por vizinhos que até gravaram pelo celular parte da discussão do casal.

O companheiro acabou empurrando a mulher contra uma cerca de arame e ela sofreu fortes arranhões no braço e nas costas. A vítima conseguiu fugir e pedir ajuda, mas só depois procurou a delegacia em Imperatriz e por isso não houve flagrante. Ela relatou que teria sido a primeira vez que foi agredida fisicamente, com tapas no rosto e empurrões, mas que as agressões verbais sempre foram constantes, inclusive com ameaças de morte.

O exame de corpo de delito apontou que houve ofensa à integridade física dela e em razão das agressões, a juíza Manuella Viana dos Santos, titular da 2º Vara de João Lisboa, concedeu Medida Protetiva de Urgência.

Hoje (11) ela retornou à delegacia do município de João Lisboa para comunicar que continua sofrendo ameaças dele, recebendo informações por terceiros, mas teme pela própria vida.

“Na verdade, a ameaça foi praticada por interposta pessoa. Não foi diretamente pra ela, é aquele do tipo de ameaça pra todo mundo ouvir”, disse o delegado Eric Feitosa.

O agora ex-companheiro da mulher, que saiu de casa, de acordo com a medida protetiva está proibido de se aproximar dela, com distância mínima de 200 metros, de seus familiares e testemunhas, e deve ser retirado de casa com auxílio policial, se necessário. Ele também não pode fazer contato com a vítima e parentes dela por meio telefônico ou eletrônico, pessoal ou por terceiros, por um período de 6 meses, sujeito à prisão preventiva em caso de descumprimento.

O delegado que colheu hoje novo depoimento da vítima não informou se deve pedir a prisão do agressor. Outras pessoas também devem ser ouvidas sobre as ameaças que ainda estariam acontecendo, em descumprimento às medidas protetivas.

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