REVIRAVOLTA

Homem que teria sido assassinado pela mãe foi morto pela companheira, diz a polícia

Principal testemunha passou a ser investigada e confessou a autoria do crime.

Foto: Divulgação

Quase um mês depois do crime bárbaro que chocou moradores de Imperatriz, em que Adão Conceição Carvalho, de 46 anos, teria sido assassinado com golpes de picareta pela própria mãe, uma idosa de 87 anos, a principal testemunha do crime agora é apontada pelas investigações da Delegacia de Homicídios (DHPP) como suspeita de ter matado o companheiro.

Leia também: Idosa de 87 anos é suspeita de matar filho a golpes de picareta

O crime aconteceu na madrugada de 1º de agosto. A vítima levou golpes principalmente no pescoço e na cabeça enquanto dormia. Além da mãe idosa, na casa também estava a mulher dele, que no primeiro depoimento à polícia acusou a sogra, mãe de Adão, de ter cometido o crime. Segundo familiares, a idosa faz uso de medicação controlada e sofre de mal de Alzheimer. Ela foi presa em flagrante e colocada em liberdade ao final do dia em audiência de custódia.

“Havia, até então, o depoimento de uma suposta testemunha ocular, a Luciene, que apontou dona Luzia sendo a autora daquele homicídio. Mas na sequência da investigação, alguns pontos mereceram destaque pela equipe da Delegacia de Homicídios, dentre eles o fato da dona Luzia ser uma senhora de 87 anos cuja força física seria, em tese, incompatível com a brutalidade do crime cometido. Foram 13 golpes de um instrumento de ação contundente, uma picareta que apesar de estar sem o cabo pesa entre 2 e 3 quilos. A partir disso nós ouvimos algumas testemunhas e começaram a surgir algumas contradições sobre a pessoa que teria pedido socorro. Segundo a então testemunha ocular teria sido ela mesma quem pediu socorro, mas no relato de outras testemunhas ficou apurado que a dona Luzia foi quem saiu da casa e acionou o socorro”, relatou o titular da Delegacia de Homicídio, Praxísteles Martins.

Vale lembrar que o dia do crime, segundo o delegado de plantão que registrou o flagrante, a idosa não negou nem afirmou a autoria do crime. Contou que foi chamada pela nora para ver o estado em que o filho estava, coberto de sangue.

De testemunha ocular à autora do crime

No decorrer das investigações e ao colher novos depoimentos, as contradições da companheira de Adão, Luciene, pesaram contra ela, que acabou confessando o crime à polícia.

“Esses pontos foram cruciais para que a gente aprofundasse as investigações que culminou ontem com a confissão dessa testemunha que deixou de ser testemunha e passou a ser investigada. Ela confessou a autoria do crime informando que agiu porque vinha sendo agredida pela vítima e ameaçada de morte, fato que acreditamos não ser verdade em razão da autora, no caso, a companheira da vítima, ser usuária de droga e recentemente estava sumindo dinheiro tanto da vítima quanto da dona Luzia. Esse era um fato de constantes intrigas entre ela e o companheiro e, provavelmente, foi um o que ensejou esse assassinato. Agora a gente parte para a reta final da investigação, vamos relatar esse inquérito, juntar os laudos que estão pendentes e apresentar a investigação ao poder judiciário”, finalizou o delegado Praxísteles Martins.

A Delegacia de Homicídios ainda está avaliando os pré-requisitos para o pedido de prisão preventiva. Luciene compareceu à delegacia sempre que intimada, até confessar o crime, na presença de advogado.

VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Negócios
Mais Notícias