Corpo de uma mulher é encontrado em Paço do Lumiar
O principal suspeito de ter cometido o crime de feminicídio é o companheiro da vítima, que se encontra foragido
Na tarde desta segunda-feira (6), o corpo de uma mulher, identificada como Miranda Martins Silva, que estava desaparecida desde a última sexta-feira (3), foi encontrado no município de Paço do Lumiar, na região metropolitana. O principal suspeito de ter cometido o crime de feminicídio é o companheiro da vítima, que se encontra foragido.
De acordo com informações da polícia, a filha da vítima sentiu sua falta e foi até a residência da mãe, na tarde da última segunda-feira (6). Chegando ao local, a filha da vítima sentiu um forte odor. Ela acionou a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros para realizar a escavação do terreno.
Ainda de acordo com informações policiais, após ser feita a escavação, a equipe encontrou o corpo da vítima. Foram acionados ainda, a Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), o Instituto de Criminalística (ICRIM) e o Instituto Médico Legal (IML).
A vítima é mãe dos jovens Pablo Martins Silva, que é conhecido como “De Menor”, e um adolescente que assassinaram dois servidores de uma prestadora de serviço em distribuidora de energia. O crime ocorreu no dia 15 de janeiro de 2019, no Sítio Natureza.
O crime teria sido motivado por que servidores cortaram a anergia da casa da namorada do Pablo Martins, que foi atrás dos trabalhadores e os matou ainda dentro do carro da empresa.
Feminicídios no Maranhão – Primeiro semestre
Com esse caso, o Maranhão registra 29 feminicídios neste ano. No primeiro semestre do ano, foram registrados 28 casos. Comparando com o primeiro semestre de 2019 que fechou com 24 casos, tivemos um aumento de 4 casos no mesmo período do ano de 2020.
De acordo com dados levantados pelo Departamento de Feminicídio da Secretaria de Segurança Pública do Estado, o Maranhão registrou 28 casos de feminicídio no primeiro semestre de 2020. O número sofreu um aumento, se comparado com o mesmo período do ano anterior, quando foram registrados 24 casos.
Já no mês de junho, números expressivos na capital em relação a registro, prisões em flagrante e medidas protetivas de urgência puderam ser visualizados, a partir da maior flexibilidade do isolamento social.
Segundo Kazumi Tanaka, Coordenadora das Delegacias da Mulher do Maranhão, de modo geral, durante a pandemia do novo coronavírus, houve um aumento significativo no número de situações de violência doméstica e familiar, fato que pôde ser constatado através do maior número de buscas por direitos das mulheres e atendimentos especializados por telefone e pela internet.
Ainda segundo a delegada, esses fatores reforçam a subnotificação durante o período de isolamento, e não uma diminuição efetiva dos casos de violência contra a mulher.