Mais de R$ 45 milhões do roubo de Bacabal são recuperados pela Polícia
Na madrugada desta terça, 4, dez membros da quadrilha foram presos em flagrante e três foram mortos tentando fugir do estado
Dez homens da quadrilha que tocou o terror na cidade de Bacabal foram presos em flagrante tentando fugir do estado em um caminhão-baú, na madrugada desta terça-feira, 4, em Santa Luzia do Paruá, no Maranhão. No momento da prisão, três bandidos tentaram reagir e foram mortos pela polícia; o resto do bando se entregou. Os autuados foram encaminhados a Zé Doca e devem ser trazidos para São Luís.
Escondidos no veículo, estavam os 13 bandidos junto a duas metralhadoras .50, 11 fuzis, 17 coletes, munições, pistolas e o dinheiro roubado. Ao reagirem, Arthur Silva Santos e Vadenilson Moreira, do estado de São Paulo, e Renan Santos dos Prazeres, cujo o estado não foi identificado, foram mortos pela polícia.
O dinheiro encontrado soma a quantia de R$ 45.321.492, que serão devolvidos ao Banco do Brasil.
Durante a coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira, 4, o Secretário de Segurança Jefferson Portela reforçou: “Aqui, nesse estado, eles não vão implantar o novo cangaço. Não adianta. [Os criminosos] só tinham uma coisa a ser feita: se entregar. (…) No Maranhão, a polícia não vai parar. Ou o bandido se entrega, ou ele toma”.
Até o momento, ainda não há notícias do caminhoneiro desaparecido desde a noite do crime.
Quadrilha interestadual
Informações da polícia contabilizaram 72 membros do bando nacional, mas ainda não se sabe quantos vieram ao Maranhão. Dos 10 homens presos, sete eram de São Paulo, dois da Bahia e um do Paraná. Os outros continuam sendo procurados no Maranhão.
Segundo Jefferson Portela, a quadrilha passou a agir de forma desordenada desde que o organizador do crime no Brasil, Adeilson Nunes, e mais dois membros do bando, foram mortos pela polícia na noite do crime. Adeilson era irmão de Zé de Lessa, que comandou a ação do Paraguai e continua foragido.
A polícia está estudando a cadeia de relacionamentos de cada autuado. “Não estamos falando de crime comum. São organizações criminosas poderosas com centrais de comando em São Paulo, Paraná e Ceará”, declara Jefferson Portela. Contatos entre a polícia e a Interpol estão acontecendo para alcançar Zé de Lessa, chefe do grupo.