Jornal paraguaio traça perfil do chefão do assalto de Bacabal
Mesmo estando a mais de 3.000 quilômetros de distância, Zezé Di Lessa organizou o impressionante assalto ao centro de distribuição do Banco do Brasil em Bacabal.
O jornal paraguaio Extra publicou esta semana informações sobre Zezé Di Lessa, homem tido como mentor intelectual do milionário assalto em Bacabal, que no dia 25 de novembro deixou um rastro de destruição e violência na cidade do interior do Maranhão. O grupo, que está sendo chamado de Novos Cangaceiros, teria levado algo em torno de R$ 100 milhões, mas o valor não foi confirmado pelo Banco do Brasil.
Segundo o diário, José Francisco Lumes, o Zezé Di Lessa, teria se refugiado no Paraguai em 2015, após fugir da polícia brasileira por ser condenado a 28 anos por tráfico de drogas e homicídios. Depois de cumprir metade da pena, prossegue o jornal, Zezé Di Lessa teria sido beneficiado com uma medida para um tratamento médico, e primeiro se mudou para a cidade de Coronel Sapucaia no Mato Grosso, para depois cruzar a fronteira e fugir para Capitán Bado, no Paraguai.
Mesmo estando a mais de 3.000 quilômetros de distância, Zezé Di Lessa organizou o impressionante assalto ao centro de distribuição do Banco do Brasil em Bacabal. O jornal paraguaio afirma ainda que o criminoso se especializou em assaltos a bancos, transportadoras e tráfico de drogas. E que mesmo vivendo no país vizinho, seguia enviando drogas para o Brasil.
Na madrugada do dia 4 de dezembro, nove dias depois do assalto, a polícia interceptou um caminhão com R$ 45 milhões em Santa Luzia do Paruá, interior do Maranhão. Na hora da ação o irmão de Zezé, Adeilson Lumes, estava em um blindado cheio de dinheiro e saltou do carro para trocar tiros com as forças de segurança. Ele acabou sendo morto, junto com mais duas pessoas. Dez bandidos foram presos. Entre o arsenal dos cangaceiros, artilharia anti-aérea, duas metralhadoras ponto 50, dez fuzis calibre 556, e um fuzil AK 47.
O jornal afirma ainda que Zezé lidera o Bonde do Maluco, a maior organização de tráfico de drogas da Bahia.
Após a apreensão em Santa Luzia o Secretário de Segurança Pública do estado, Jefferson Portela, foi enfático. “O melhor caminho pra eles é se entregar a polícia do Maranhão”