6 anos depois, produtores do Metal Open Air são condenados por danos morais
Considerado um dos maiores fracassos na história dos festivais, organizadores do ‘MOA’ terão de ressarcir clientes
Seis anos depois do total fracasso, os organizadores do festival Metal Open Air foram condenados a ressarcir e indenizar por danos morais os consumidores. Em abril de 2012, fãs de metal do mundo todo vieram ao evento em São Luís, que acabou por ter problemas na estrutura e cancelamento de 33 das 47 bandas prometidas.
A Justiça determinou que os processados Lamparina Produções Artísticas, Luiz Felipe Negri de Mello, Natanael Francisco Ferreira Júnior e Negri Produções artísticas terão que pagar o valor de R$ 3.541,83 para cada pessoa prejudicada, além de R$ 200 mil por danos morais coletivos, acrescido de correção monetária e juros legais.
Segundo os réus Luis Felipe e Negri Produções artísticas, eles cumpriram sua única responsabilidade, de contratar as bandas e disponibilizá-las no festival. Em nota, Natanael afirmou ter pago e disponibilizado tudo o que foi acordado, e que o show das bandas “só não foi concretizado por diversos descumprimentos contratuais por parte do Felipe Negri”.
Os clientes que precisarem ser ressarcidos deverão aguardar que o Tribunal de Justiça do Maranhão mantenha a sentença, pois ainda cabe recurso.
O fracasso do Metal Open Air
Fãs de metal do mundo inteiro vieram a São Luís para o festival que prometia 47 bandas nacionais e internacionais do gênero, além de uma ampla estrutura que incluía camping, lago artificial, praça de alimentação, linhas de ônibus exclusivas, clube noturno, stands de tatuagem etc. O preço dos ingressos custava entre R$ 250 e R$ 850.
Além de não haver a estrutura prometida, o cancelamento de 33 das 47 bandas confirmadas por conflitos contratuais fez o evento, que duraria três dias, ser cancelado no terceiro. Consumidores ficaram desamparados e muitos tiveram documentos e carteiras furtadas, segundo o Ministério Público.