Polícia Federal acaba com esquema de fraude previdenciária que causou um prejuízo de R$13 milhões
A Operação Linha de Montagem identificou um esquema de falsificação de documentos para conseguir concessões de benefícios de amparo social ao idoso e de pensão por morte. Os envolvidos foram indiciados e as penas máximas podem alcançar a 10 anos de prisão.
A Polícia Federal cumpriu, na manhã de hoje (22), cinco Mandados Judiciais em São Luís, referentes à Operação Linha de Montagem, que identificou um esquema de falsificação de documentos para conseguir concessões de benefícios de amparo social ao idoso e de pensão por morte que causou um prejuízo de aproximadamente R$ 13,6 milhões.
As investigações, que foram iniciadas em 2015, levaram à identificação de um esquema criminoso no qual documentos públicos eram falsificados para fins de concessão dos benefícios de amparo social ao idoso e de pensão por morte. Os titulares e, no caso das pensões, os instituidores, eram pessoas fictícias, criadas virtualmente.
Contando com a participação de um servidor do INSS, o grupo criminoso atuava desde 2010 e já era investigado em outra Operação da Força-Tarefa Previdenciária (Operação Tânato), deflagrada em fevereiro de 2016, de um estelionatário especializado no cometimento de fraudes previdenciárias e de dois funcionários de uma Casa Lotérica, responsáveis pela abertura de contas para pagamento dos benefícios irregulares.
A Polícia Federal cumpriu cinco Mandados Judiciais, sendo um de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão. Dentre os Mandados Judiciais consta a determinação para que o INSS suspenda/bloqueie o pagamento de duzentos e vinte e um benefícios indevidos.
O prejuízo, inicialmente identificado, gira em torno de R$ 13,6 milhões. O valor do prejuízo evitado com a consequente suspensão dos benefícios ativos, levando-se em consideração a expectativa de vida média da população brasileira, é de aproximadamente R$ 12,6 milhões.
A Operação contou com a participação de vinte Policiais Federais e um servidor da Inteligência Previdenciária (COINP), sendo denominada Linha de Montagem em alusão ao esquema criminoso que estava em andamento, já que era estruturalmente ordenado e caracterizado por divisão de tarefas.
Os envolvidos foram indiciados pelos crimes de estelionato previdenciário, inserção de dados falsos em sistema de informações e de associação criminosa, cujas penas máximas podem alcançar a 10 anos de prisão.