POLÍCIA

Atleta maranhense é vítima de racismo em Santa Catarina

Imprensa local relatou que o agressor disse para a jogadora do Unip/São Bernardo “voltar para a senzala”; partida foi realizada em Blumenau (SC)

Gilvana nasceu em São Luís e já defendeu a seleção brasileira (Foto: Divulgação/CBH)

A jogadora de Handebol Gilvana Mendes Nogueira, 20 anos, foi vítima de racismo enquanto defendia sua atual equipe, o Unip/São Bernardo (SP) contra o Blumenau (SC), em partida válida pelas oitavas de final da Liga Nacional. O jogo aconteceu no Complexo Sesi, na cidade de Blumenau, Santa Catarina.

A maranhense, que já defendeu as cores da seleção brasileira, relatou a imprensa local que o agressor disse para ela “voltar para a senzala”, além de ser xingada de “vaca preta”, entre outras ofensas.

“O jogo estava muito difícil desde o começo. Estava muito pegado e tinha esse torcedor que toda hora ia no nosso banco ficar falando coisas horríveis. Teve uma hora que virei para ele perguntei quem ele pensava que era. Foi quando ele disse um monte de coisa. Disse que meu lugar não era ali. Disse que tinha que voltar para senzala. Chamou de vaca preta”, relatou ao site GE.

Ainda segundo o site, ao retornar para o interior de São Paulo Gilvana registrou boletim de ocorrência. As informações dão conta que o homem suspeito do crime seria namorado de uma das atletas da equipe do Blumenau.

Repúdio

O Governo do Estado do Maranhão se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido, repudiou a violência verbal, e se solidarizou com as vitimas de preconceito. Confira na íntegra:

“A Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (Sedel) vem a público manifestar profunda indignação com o ataque racista sofrido pela atleta de handebol Gilvana Mendes Nogueira, durante a Liga Nacional de Handebol do Brasil, na qual a atleta representou a UNIP/São Bernardo.

Grande destaque nas partidas, a atleta de 20 anos teve que ouvir diversas palavras ofensivas. A Sedel repudia qualquer tipo de atitude que vá contra o ser humano, independente de gênero, raça ou opção sexual. O esporte é uma ferramenta inclusiva e deve permanecer enquanto tal, oportunizando a descoberta de novos talentos e ensinando valores para toda a comunidade desportiva.

A Secretaria se solidariza com a atleta, bem como todos que tem sofrido algum tipo de constrangimento e discriminação, e reafirma o compromisso com a promoção da igualdade, nos mais diferentes âmbitos.”

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