Dono de faculdade é preso durante operação da Polícia
Aproximadamente 800 alunos estão matriculados em instituições irregulares no Maranhão
A Polícia Civil do Maranhão, por intermédio da equipe da Delegacia Regional de Viana (distante 214 km de São Luís), deflagrou no último domingo, 16, a operação Faculdade Ilusão que culminou na prisão em flagrante de Francisco de Paula Mendes Rodrigues, pelos crimes de estelionato e falsidade ideológica.
As investigações começaram após denúncias de que Francisco de Paula mantinha centenas de estudantes vinculados às instituições de ensino superior das quais é proprietário (IATELC, CONVICTU’S, FAENTEPRE e IASSEFI), mentindo sobre a regularidade de suas instituições junto ao MEC, e eventuais instituições parceiras, com o intuito de obter vantagem ilícita por meio do recebimento das mensalidades.
De acordo com a Polícia Civil, foram realizadas pesquisas nos sites oficiais do Ministério da Educação, que constataram a ausência de autorização de funcionamento dos referidos institutos. A expressão “Filantropia” no nome empresarial de sua empresa, também estaria sendo usada de forma indevida.
Na manhã do último domingo, enquanto realizava uma reunião com os alunos, policiais civis o conduziram até a sede da Delegacia Regional de Polícia Civil para esclarecimentos, juntamente com funcionários e vítimas.
Em seu interrogatório, Francisco de Paula fez questão de afirmar que se tratava de uma instituição filantrópica e que os alunos contribuíam com “doações” para a instituição, mas não apresentou documentação hábil a comprovar sua versão, tão menos conseguiu explicar o motivo da existência de boletos de mensalidade, com a incidência de juros diários.
Com base no interrogatório e nos depoimentos dos funcionários, a polícia estima que no aproximadamente 800 alunos estejam sendo mantido em erro, o que gera uma arrecadação total de aproximadamente R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) por mês ao autuado.
Outras irregularidades foram constatadas, como a oferta do curso de psicologia, por meio de sistema EAD e “semi-presencial”, modalidade expressamente proibida pelos Conselhos Regionais e pelo Conselho Federal de Psicologia, conforme documentação juntada no respectivo APF.
A polícia também encontrou a matrícula de uma adolescente de 15 anos, quando ainda cursava o segundo ano do ensino médio.
Após os procedimentos de praxe, o autuado Francisco de Paula Mendes Rodrigues foi encaminhado para a Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) de Viana.