“Prefeita Ostentação” é condenada a 14 anos de prisão
Ex-prefeita Lidiane Leite é condenada a 14 anos de prisão em regime fechado. Ela tem envolvimento em participação em esquema fraudulento em licitações referente a serviço funerário
A ex-prefeita de Bom Jardim, Lidiane Leite, mais conhecida como “Prefeita Ostentação”, foi condenada a 14 anos e um mês de reclusão em regime fechado, que ainda são somados a 6 anos de detenção (que podem ser cumpridos em regime semiaberto).
A Prefeita Ostentação também foi condenada ao pagamento de 980 dias-multa, em que cada dia equivale a dois salários-mínimos. A condenação ocorre pelos crimes de fraude de licitação, falsidade ideológica, associação criminosa e crime de responsabilidade.
Até o momento, Lidiane Leite segue em regime domiciliar e pode apelar da decisão em regime fechado.
O juiz Raphael Leite Guedes foi o magistrado que decretou a condenação de Lidiane Leita, e também decidiu pela condenação e prisão do ex-marido dela, Humberto Dantas, mais conhecido como “Beto Rocha”, ex-secretário de Articulação Política.
Beto Rocha foi condenado a 17 anos e nove meses de reclusão em regime fechado, e sete anos e quatro meses de detenção, com cumprimento inicial da pena privativa de liberdade em regime fechado e pagamento de 1.170 dias-multa. Beto Rocha é considerado foragido da justiça.
Sobre a condenação, a defesa de Lidiane Leite disse, por meio de nota, que “irá recorrer da decisão, pois tem convicção que o tribunal não irá mantê-la, sobretudo no patamar que foi a condenação, entendemos se tratar de uma sentença injusta, desproporcional e arbitrária”.
Lidiane Leite foi presa pela primeira vez no dia 28 outubro de 2015 depois de passar 39 dias foragida. Ela tinha a prisão decretada pela Polícia Federal, por suspeita de irregularidades encontradas em contratos firmados com “empresas-fantasmas”. Após 11 dias presa, a Prefeita Ostentação foi solta pela Justiça sob a condição de uso de uma tornozeleira eletrônica.
Mais pessoas condenadas e presas
Marcos Fae Ferreira França e Rosyane Silva Leite foram presos após condenação da Justiça Estadual por Crimes em Processo Licitatório para a compra de caixões, Falsidade Ideológica, Crimes de Responsabilidade, Associação Criminosa.
A prisão se deu na sede do Município de Bom Jardim, nos endereços dos detidos, que ficarão à disposição da Justiça.
Marcos Fae é ex-pregoeiro da Comissão Permanente de Licitação e Rosyvane Leite é proprietária da empresa Funerária São João.
Marcos foi condenado a 13 anos e seis meses de reclusão e cinco anos e dois meses de detenção, com cumprimento inicial da pena privativa de liberdade em regime fechado e pagamento de 980 dias-multa.
Já Rosyvane Silva Leite foi condenada a dez anos e dez meses de reclusão e quatro meses de detenção, com cumprimento inicial da pena privativa de liberdade em regime fechado, além do pagamento de 820 dias-multa.