FICA A DICA

Aprenda a “chutar” em provas de concursos públicos

Realmente, algumas pessoas chutam de qualquer jeito, sendo aí uma questão só de sorte

Muitos candidatos já devem ter pensado que chutar em uma prova de concurso público é para quem não estuda e quer passar com facilidade. Realmente, algumas pessoas chutam de qualquer jeito, sendo aí uma questão só de sorte. Mas, também existem técnicas de chutes que auxiliarão o concurseiro na escolha da alternativa correta.

O ideal é saber tudo, mas como isso raramente acontece, surge o espaço para o chamado “chute”. Segundo o juiz federal, professor universitário, palestrante e autor, William Douglas, existem técnicas que dão mais consciência ao ato, tornando-o menos aleatório. “Importante destacar que o certo é estudar com afinco para que não seja necessário chutar e que nem sempre as técnicas de chute indicarão a resposta correta, trata-se apenas de uma forma de não deixar totalmente nas mãos do acaso. Nessas horas utiliza-se a lógica e o chamado ‘conhecimento residual’, que pode ajudar a achar a resposta certa. O chute ‘consciente’ irá aumentar muito as chances de o candidato acertar.”

Existem diversas técnicas de chutes que William lista em sua obra “Como Passar em Provas e Concursos” e que são boas alternativas para quem se vê no cenário de ter de arriscar uma resposta. Aqui ele cita duas das mais relevantes:

– 1ª) Técnica da semelhança: consiste no fato de que se duas alternativas são muito semelhantes, a chance de conterem a resposta correta é maior. O examinador busca confundir o candidato, colocando as duas alternativas parecidas.

– 2ª) Eliminação de alternativas absurdas: duas ou três hipóteses costumam ser absurdas e ao eliminá-las sua chance de acertar a alternativa correta aumenta consideravelmente. Se algo não parece correto, soa mal ou dá aquela sensação de que algo está esquisito, a tendência é que tal alternativa esteja, de fato, errada.

Lembrando que o chute só deve ser dado na hora certa. “O candidato primeiro deve fazer todas as questões que sabe, marcá-las com atenção no cartão respostas e só depois deve ‘garimpar’ as questões que não sabe, aplicando seu raciocínio e as técnicas”, comenta.

William explica que o chute é uma forma de raciocínio que envolve o chamado “educatedguess”, que é algo estudado por quem se dedica à pesquisa de como resolver problemas. “Na condição de professor de concursos, devo ensinar ao candidato como chutar com consciência. Eu sei que esse exercício tem fundamento na matemática, na estatística e na lógica, matérias acadêmicas cujo aprofundamento seria perda de tempo para o aluno de concursos, desta parte teórica de “conhecimento residual”, “heurística”, “Teoria de Resposta ao Item”, “educatedguess”. Me baseio nesses conceitos, mas acho que seria uma maldade com o aluno, pois ele já tem muito o que estudar, família, pressão, dívidas etc.”

– O fato é: quanto mais a pessoa estudar, menos precisará chutar, até porque ninguém é aprovado só com chutes. Para William, estudar com afinco, dedicação e técnica é a melhor maneira de conquistar a aprovação. O chute é a exceção e pode ser feito com inteligência.

Técnicas para um “chute” consciente
“Tudo o que fazemos na vida tem uma parcela de imponderável. Sorte e azar ocorrem rotineiramente em nosso dia a dia e podem ser expressos na hora da prova por uma dezena de fatores que não necessariamente estão relacionadas ao estudo diretamente. Sorte pode ser a matéria que você está mais confiante, a que se identificou mais, a que ‘está na ponta da língua’, ser a mais exigida. Azar pode ser sofrer um acidente um dia antes da prova. No geral, vale a máxima: quanto mais estudo, mais sorte tenho”, conclui.

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