Inscrição do Enem aumentou

MEC publica novas regras para o Enem 2017

Taxa de inscrição sobe para R$ 82 e candidatos farão prova em dois domingos

A taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 será reajustada em 20%, passando de R$ 68 para R$ 82. O acréscimo de R$ 14 no valor cobrado de alunos que querem se submeter à prova e não atendem aos critérios de gratuidade foi calculado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) 2016 (6,2%) mais perdas inflacionárias registradas no valor estipulado nas duas últimas edições. As inscrições serão abertas em 8 de maio, segundo edital publicado hoje no Diário Oficial da União.

De 2000 a 2014, a taxa de inscrição ficou sem reajuste, custando R$ 35. Em 2015, passou para R$ 63 e, no ano passado, foi a R$ 68. Segundo projeções do governo, com a nova sistemática, a diferença entre o custo do exame e os valores arrecadados será reduzida nas próximas três edições. O edital confirma outras regras que haviam sido anunciadas no início do ano pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, como a aplicação das provas em dois domingos consecutivos (5 e 12 de novembro).

Alunos e isenção de taxas
Alunos de escolas públicas concluintes do ensino médio têm isenção da taxa de inscrição, assim como participantes de baixa renda: pessoas nesses casos terão que informar o Número de Inscrição Social (NIS) gerado pelo Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal, um banco de dados de famílias com ganho per capita de até meio salário mínimo ou no máximo três salários mínimos no total. Quem não faz parte do CadÚnico poderá declarar que se enquadra no limite de renda, mas poderá ser desclassificado do exame caso o governo identifique que a informação é falsa.
As regras de segurança do exame também foram reforçadas. Por recomendação da Polícia Federal, as provas terão o nome do participante, para ajudar a identificação em casos de vazamento.
Mudanças para pessoas com deficiência
Os participantes com deficiência ou outra condição especial que precisem de atendimento especializado terão que reunir laudos médicos para serem inseridos no sistema durante a inscrição e, no mesmo momento, terão que indicar o recurso de acessibilidade desejado e a necessidade de tempo adicional de uma hora para concluir a prova. No caso dos deficientes auditivos, haverá possibilidade de fazer a prova com o apoio de um vídeo que trará a tradução dos itens da prova na língua brasileira de sinais. O formato é experimental e, segundo Maria Inês Fini, atende a uma demanda judicial de grupos em defesa dos direitos dos deficientes. A opção pelo novo recurso deve ser manifestada na hora da inscrição, mas o método tradicional do tradutor-intérprete continua disponível.
Candidatos também poderão assinalar, na inscrição, atendimento para alguma peculiaridade (tais como lactantes ou diabéticos) que não dependem de recursos complexos de acessibilidade.

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