MERCADO

Gringos não renderam no Brasil

Conheça os jogadores estrangeiros que fizeram sucesso em outros países, mas quando chegaram no Brasil decepcionaram

Os clubes brasileiros sempre olharam para os estrangeiros com certa cobiça. Desde que o esporte futebol deu os primeiros passos no Brasil, estrangeiros defendem as cores de nossos principais clubes. Italianos, ingleses, argentinos, uruguaios, paraguaios, chilenos e outros dos mais distantes cantos do planeta já andaram chutando bola por aqui. Só que nem todos tem a sorte de ter tido sucesso como o zagueiro paraguaio Gamarra, o argentino Sorín ou o colombiano Freddy Rincón. Muitas vezes estrangeiros foram contratados como grandes soluções mas se transformaram em retumbantes fracassos. Confira uma lista de alguns gringos que deixaram o torcedor brasileiro de cabeça quente e decepcionaram os nossos times.

Matías Defederico
Contratado em agosto de 2009, o meia-atacante Matías Defederico foi a grande aposta do Corinthians para o ano do centenário do clube em 2010. A maior referência do jogador foram as atuações no campeonato argentino daquele ano pelo Huracán. Houve polêmicas na época pelo fato de Defederico ter sido supostamente analisado e aprovado pela diretoria do Timão através de um DVD. Ele tinha apenas 20 anos de idade e foi comprado por 10 milhões de reais. Quando chegou a Parque S. Jorge, vestiu a camisa 10 e sentiu o peso da responsabilidade e da própria inexperiência. O tempo passava e as atuações de Defederico não melhoravam. O investimento foi alto e o retorno, fraco. Em 39 partidas pelo Corinthians, marcou apenas três gols. Saiu pela porta dos fundos, esquecido e sinônimo de mau negócio. Hoje ele atua no San Marcos de Arica, vice-lanterna do campeonato chileno.

Lotthar Matthaus
Símbolo de uma geração do futebol alemão, Lotthar Matthaus disputou cinco Copas do Mundo e foi o principal jogador do time campeão na Copa da Itália, em 1990. O meia alemão encerrou a carreira no ano 2000 e iniciou uma carreira curta como treinador. A grande surpresa na trajetória dele foi o desembarque em Curitiba, em janeiro de 2006, para assumir o comando do Atlético Paranaense. A notícia correu o mundo e encheu de alegria a torcida do Furacão, que fez até mosaico com a bandeira da Alemanha para recepciona-lo. Os métodos de Matthaus e o desconhecimento da cultura brasileira não o prejudicaram tanto quanto a saudade que sentia da família. Matthaus gastava milhares de reais em telefonemas para a esposa, que foi contra a vinda dele ao Brasil e morria de ciúmes das brasileiras. Em sete de março daquele ano, o técnico pediu folga para ir à Europa resolver questões particulares. Treze dias se passaram e nada dele retornar. No dia 20, o técnico enviou uma carta à diretoria do Furacão informando que não iria mais voltar e pedindo rescisão do contrato. Ninguém entendeu nada.


Johnny Herrera
Grande promessa do futebol chileno na época, o goleiro Johnny Herrera foi contratado pelo Corinthians em janeiro de 2006. O alvinegro paulista vivia a época da conturbada parceria com a MSI e tinha enormes problemas políticos. Johnny então tinha 24 anos e uma carreira relativamente de sucesso em seu país natal, onde era ídolo da Universidad de Chile e tinha o apelido de “Superboy”. No Brasil, Herrera sofreu com as dificuldades técnicas, pois não estava acostumado com treinadores de goleiros e com o ritmo de treinamentos do futebol brasileiro. Teve poucas oportunidades de jogar e nunca mostrou nenhuma qualidade que o diferenciasse de outros atletas da posição. Acabou virando terceiro reserva do gol corintiano atrás de Silvio Luiz e Marcelo. Com pouco destaque, deixou o Corinthians em 2007. Hoje, com 34 anos, Herrera é o titular absoluto do gol da Universidad de Chile e fez parte do grupo da seleção chilena que disputou a última Copa do Mundo no Brasil.


Cobi Jones
Ele é o jogador que mais vezes defendeu a camisa da seleção dos Estados Unidos. Pela seleção norte-americana, o lateral esquerdo Cobi Jones disputou três Copas do Mundo e uma edição dos Jogos Olímpicos. Mas até hoje não se sabe se a passagem dele pelo Brasil foi por turismo ou para realmente jogar bola. Com o sucesso da seleção dos EUA na Copa do Mundo de 1994, Cobi desembarcou primeiro na Inglaterra para defender o Coventry City com a intenção de ganhar experiência no futebol internacional. A próxima parada seria o Vasco da Gama, onde a repercussão pelas atuações do americano na Copa fizeram da chegada dele uma grande notícia. Porém a pouca experiência do jogador com o ritmo do futebol nacional não permitiu ao então técnico do Vasco, Alcyr Portela, dar muitas chances ao jogador. No total, em menos de um ano vestindo a camisa do Gigante da Colina, Cobi Jones entrou em campo apenas quatro vezes sem marcar gols.


José Luis Sierra
O super time do São Paulo do início dos anos 1990 já havia conquistado de tudo. Duas Copas Libertadores, duas Copas Intercontinentais, Campeonato Brasileiro, Campeonatos Paulistas e outras taças e torneios nacionais e internacionais. Mas a saída de Raí em 1993 deixou a torcida órfã de um camisa 10 de talento com a bola nos pés. Durante a Copa Libertadores da América de 1994, chamou a atenção dos dirigentes do Tricolor o futebol do chileno José Luis Sierra, ou simplesmente Sierra. Meia talentoso e habilidoso, o principal jogador do Unión Espanhola. No final daquele ano, Sierra foi contratado pelo clube do Morumbi como uma grande estrela, com direito a chegar no estádio de helicóptero para ser apresentado à torcida. Mas dentro de campo o chileno fez muito menos do que se esperava dele. Nos poucos jogos que fez (22), marcou apenas dois gols e mesmo antes do fim daquele 1995 retornou ao Unión Espanhola como sinônimo de fracasso.

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