À espera de concurso da Polícia Federal
A pressão feita pela própria categoria, que se sente sobrecarregada, os reiterados pedidos do órgão para abertura de concurso
A pressão feita pela própria categoria, que se sente sobrecarregada, os reiterados pedidos do órgão para abertura de concurso e o fato de segurança pública ser uma área prioritária mexem com os sonhos de quem deseja se tornar policial federal. É por isso que o certame da Polícia Federal (PF) está entre os mais esperados por concurseiros para este ano. A PF tem autonomia para autorizar seleções garantida pelo Decreto nº 8.326/2014, mas a garantia esbarra nas limitações financeiras empreendidas pelas gestões de Dilma Rousseff e Michel Temer com relação à contratação de pessoal pela administração pública federal. O órgão encaminhou solicitação para preenchimento de 1.758 vagas: 600 para escrivães, 600 para agentes, 491 para delegados e 67 para peritos. A demanda está sob análise dos ministérios da Justiça (MJ), no caso de agentes e escrivães, e do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), no caso de peritos e delegados. Todas as solicitações de seleções da corporação precisam, primeiramente, ser aprovadas pelo MJ para, depois, serem submetidas ao MPOG.
DEMANDA ANTIGA
De acordo com a Assessoria de Imprensa da Polícia Federal, a demanda é antiga e foi reiterada em 2015, no caso de perito e delegado, e em 2016, no de agentes e escrivães. Questionado sobre o assunto, o Ministério do Planejamento informou que não antecipa informações sobre pedidos de concursos em análise. A Assessoria de Imprensa do Ministério da Justiça esclareceu que a concessão final da autorização compete ao MPOG. O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Carlos Eduardo Sobral, está otimista.
“Nossa expectativa é que o edital, prevendo prova objetiva e fase oral, saia entre maio e junho deste ano. Assim, a etapa de formação profissional da Academia Nacional de Polícia seria feita em 2018”, afirma ele, que tem 13 anos de corporação. Segundo ele, graduado em direito pela Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp) e pós-graduando em segurança da informação pela Universidade de Brasília (UnB), o ingresso de novos servidores é uma necessidade urgente, pois estima-se que existam mais de 5 mil postos vagos em toda a PF.