Saiba quais são as paradas de ônibus com maiores índices de assalto
Moradores ainda reclamam dos constantes assaltos que sofrem em paradas de ônibus e dentro de coletivos, apesar das intensas ações da Polícia Militar para inibir esse tipo de crime
Com a rotina de trabalho, muitas pessoas utilizam diariamente o transporte coletivo para chegar aos seus destinos. E muitos deles convivem, constantemente, com o medo de assaltos, que acontecem geralmente dentro dos coletivos e também nas paradas de ônibus. Muitos moradores da região metropolitana de São Luís reclamam que não há nenhum tipo de segurança, o que costuma deixar a rotina deles mais complicada.
Para Ivan Mauricio, morador do bairro Apeadouro, a sensação de insegurança permanece. “Já fui assaltado em vias normais, mesmo sem estar em parada de ônibus ou até dentro de um coletivo”. Segundo Ivan, há sempre uma tensão quando uma moto passa perto de um ponto de ônibus.
“Quando estou em uma parada, o medo aumenta quando me deparo com uma moto, por exemplo. A maioria dos assaltos em paradas de ônibus são cometidos por bandidos em motocicletas e sempre eles estão em dois”, revelou.
Ana Carolina, moradora do bairro da Cohab, conta que não se sente segura nem mesmo fazendo sua caminhada. “Estava com um aparelho de música caminhando próximo à Reserva do Itapiracó quando me assaltaram. A única coisa que fica é a sensação de impotência, pois não podemos fazer nada”, lamenta. Carol conta que hoje não anda mais de ônibus, mas já foi assaltada três vezes no transporte público e nas caminhadas diárias.
A estudante de Jornalismo Natalia Oliveira, morado do Centro, revelou que em questões de transporte público não há nenhuma segurança. “A gente anda no ônibus e fica vulnerável a qualquer tipo de acontecimento, assaltos e até acidentes. Nas paradas que costumo frequentar, não vejo segurança alguma. Já vivi uma situação em que estava na parada e apareceu uma estranha assaltando todo mundo”, lembra.
Paradas com maiores índices de assalto
• Monte Castelo – Próximo ao elevado
• Maranhão Novo – na cabeceira da Ponte
• Anjo da Guarda – na avenida dos portugueses
• Alto da Esperança – Mangueirão
• Br 135 – toda extensão
• Rotatória da Forquilha
• Maiobão – toda extensão da Estrada de Ribamar
• Araçagi – próximo a UPA
• Olho D’agua – toda extensão da avenida
• São Francisco – cabeceira da ponte
• Terminal da Praia Grande – próximo ao Mercado do Peixe
• Ponte Bandeira Tribuzi – próximo ao hospital Dutra
• Angelim – próximo ao elevado da Cohab
Ações
Apesar das reclamações constantes da população, há quem perceba a ação da Polícia Militar tentando inibir os índices de assalto da região metropolitana de São Luís. Edilcia Almeida, moradora do bairro Maiobão, avalia como positiva e elogia as ações que a PM vem realizando. “Apesar de já ter sofrido assaltos em parada de ônibus, quando vejo uma abordagem, a sensação é de segurança. Sei que muito pode ser feito ainda, mas a polícia está trabalhando”, afirmou.
Para a Polícia Militar, desde o início do ano, foram feitas mais de 1.000 abordagens em ônibus. Segundo eles, parte das operações de combate a assaltos a coletivos resultou na condução de vários suspeitos e diversas apreensões de armas brancas (facas e facões), pequenas de drogas, como maconha e pedras de crack, armas de fogo e algumas até mesmo de brinquedo. As operações são realizadas pela Polícia Militar do Maranhão, pelo Batalhão de Choque e a Cavalaria da PM nos principais pontos críticos de incidência de assaltos a ônibus.
Mapa dos pontos
De acordo com o comandante do CPAM I, coronel Pedro Ribeiro, os principais pontos críticos considerados de maiores incidências criminais de assaltos são a Avenida do Monte Castelo, próximo ao elevado; na cabeceira da ponte do Ipase, no bairro do Maranhão Novo; na área do Anjo da Guarda; na Avenida dos Portugueses; no Alto da Esperança, em um local chamado Mangueirão; na BR-135 – em toda sua extensão; na rotatória da Forquilha até a chegada do Maiobão; na Upa do Araçagi até o Olho d’Água; na cabeceira da Ponte do São Francisco; no Terminal da Inegração da Praia Grande até o Mercado do Peixe; nas áreas da Ponte Bandeira Tribuzi, próximo ao Hospital Dutra, e no bairro do Angelim, próximo ao elevado da Cohab.
O secretário-adjunto do Sistema de Segurança Pública, Saulo Ewerton, revelou que já existe uma programação de abordagens em pontos de parada de ônibus e que todos os Batalhões de Polícia Militar estão incluídos, bem como a Polícia Civil, por meio da Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC).
“O sistema de segurança está buscando constantemente a resolutividade desses crimes com a integração das forças policiais e obviamente diminuindo as ocorrências desse gênero. Nós temos informações desses crimes de que houve um incremento nessas ações criminosas, onde boa parte tem tido uma migração de locais, e isto inclusive já foi alertado para a Polícia Militar, bem como para SPCC, para que haja uma aglutinação do planejamento para que as operações se otimizem no sentido de haver um estanque dessas ocorrências”, finalizou o secretário.
Operações da PM
Em termos de dados, o comandante informou que a Polícia Militar iniciou este processo de operações em coletivos especificamente no dia 23 de fevereiro de 2014, desde então houve várias denominações destas operações – Operação Catraca, Operação Transporte Seguro, Maria Metropolitana e atualmente com a operação “Busca Implacável”, que é realizada 24 horas por dia e coordenada pelo três comandos metropolitanos – CPAM I, II e III, pelo Comando de Policiamento Especializado – Rotam, Choque, Cavalaria, Companhia de Operações Especiais, além do Comando de Segurança Comunitária.
As operações são diárias, realizadas em toda região metropolitana, começando a partir das 6h até o encerramento da circulação dos transportes coletivos. Para as abordagens, são escolhidos pontos estratégicos como já foram repassados, geralmente locais mais vulneráveis à criminalidade. No combate aos assaltos a ônibus, a operação Busca Implacável é uma dinâmica que consiste em abordar ônibus em movimento. Cerca de 268 abordagens são feitas diariamente por cada companhia.