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amor e toque

Dia do Beijo e o poder do afeto

Para entender melhor o impacto desse gesto na construção das emoções e nos laços entre as pessoas, O Imparcial conversou com a psicóloga Isabelle Myzmann, especialista em saúde mental

(Foto: Reprodução)

O Dia do Beijo, celebrado em 13 de abril, é uma oportunidade de valorizar um gesto que carrega muito mais do que o toque dos lábios. O beijo é, antes de tudo, uma forma de comunicar carinho, desejo, respeito e presença. Ele se transforma, se adapta, se molda conforme o vínculo: há o beijo apaixonado, o beijo maternal, o beijo fraterno, o beijo que acolhe, que despede, que abençoa.

Em muitas famílias brasileiras, por exemplo, ainda vive a tradição de pedir a bênção aos mais velhos, um gesto que muitas vezes vem acompanhado de um beijo na mão. Mais do que um cumprimento, trata-se de um ritual de passagem, de respeito e de afeto que marca a cultura e a formação emocional de quem o pratica. É um tipo de beijo que fala sem palavras — diz: “eu te respeito, te amo”.

Para entender melhor o impacto desse gesto na construção das emoções e nos laços entre as pessoas, O Imparcial conversou com a psicóloga Isabelle Myzmann, especialista em saúde mental e pesquisadora nas áreas de gênero e sexualidade. Isabelle explica que o beijo é, sim, uma poderosa forma de comunicação emocional. “Ele comunica sentimentos, consideração, proximidade. É bem mais que mero contato físico”, afirma.

Segundo ela, o beijo também possui um papel importante no bem-estar psicológico. “Ele atua como um ansiolítico natural. Beijar aumenta os hormônios do bem-estar, como dopamina, oxitocina e serotonina, e reduz o cortisol, hormônio do estresse. Além disso, o beijo frequente estreita vínculos, eleva a autoestima e valoriza o desejo”, pontua.

Há ainda um efeito terapêutico: em relacionamentos desgastados, o simples gesto de beijar pode ser uma ponte para a reconexão afetiva e sexual. “Em terapias de casal, o beijo de longa duração costuma ser uma das estratégias mais eficazes para recuperar a intimidade.

Psicóloga Isabelle Myzmann

Beijos icônicos

O beijo é gesto, mas é também memória, cultura e afeto. E como a ficção muitas vezes
espelha a vida, a teledramaturgia brasileira já eternizou muitos beijos que ficaram marcados na história dos telespectadores. Abaixo, relembramos cinco beijos que entraram para o imaginário popular:

Jade e Lucas — O Clone (2001)
Giovanna Antonelli e Murilo Benício viveram um dos casais mais apaixonantes da TV. Jade, muçulmana dividida entre tradição e desejo, e Lucas, um jovem de espírito livre,
protagonizaram beijos que misturavam romance, tensão cultural e trilha sonora
inesquecível.

Helena e Edu — Laços de Família (2000)
O relacionamento entre Helena (Vera Fischer) e Edu (Reynaldo Gianecchini) gerou grande repercussão por causa da diferença de idade entre os dois. O beijo do casal marcou a televisão ao desafiar estigmas sociais e discutir relações afetivas fora do padrão tradicional, com elegância e intensidade emocional.

Bebel e Olavo — Paraíso Tropical (2007)
Interpretados por Camila Pitanga e Wagner Moura, os personagens tinham uma relação intensa e cheia de reviravoltas. O beijo entre Bebel, uma prostituta ambiciosa, e Olavo, um vilão carismático, combinava sensualidade, tensão e química dramática, tornando-se um dos mais lembrados da década.

Félix e Niko — Amor à Vida (2013)
O beijo entre Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso) foi um marco histórico. Exibido em horário nobre, representou o primeiro beijo gay em novelas da TV Globo.

Teresa e Estela — Babilônia (2015)
Interpretadas por Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg, Estela e Teresa
protagonizaram um beijo histórico na televisão brasileira. O momento foi emblemático por retratar o amor maduro e homoafetivo com delicadeza e dignidade.

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