Nesta terça-feira (11), a nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, convidou líderes da base governista para um almoço em seu gabinete, no Palácio do Planalto.

De acordo com a SRI, foram convidados os líderes partidários na Câmara Mário Heringer (PDT-MG), Pedro Campos (PSB-PE), Márcio Jerry (PcdoB-MA), Luciano Amaral (PV-AL), Talíria Petrone (PSol-RJ) e Lindbergh Farias (PT-RJ).

A ministra assumiu o cargo nessa segunda (10), durante a cerimônia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve presente. Em seu pronunciamento, garantiu diálogo com as forças políticas e buscou amenizar sua imagem de radical, inclusive, assumiu comprometimento com a política econômica promovida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que já criticou em 2024.

“Chego para somar. Foi essa missão que recebi e pretendo cumprir. Um governo de ampla coalizão, dialogando com as forças políticas do Congresso e com as expressões da sociedade, suas organizações e movimentos”, disse Gleisi.

Gleisi tenta melhorar relação com Congresso

Mesmo que os convidados para o almoço representem partidos da base, de esquerda, há alguns pontos a serem resolvidas. Por exemplo, o PDT cobra maior participação no governo. O PSol, por outra perspectiva, votou inúmeras vezes na direção contrária do governo no Congresso Nacional, causando atrito.

A ministra assumiu a SRI com a difícil missão de aproximar o governo do Congresso, em momento delicado. A aprovação do presidente Lula atingiu o menor nível em seus três mandatos, como mostraram pesquisas Datafolha, Genial/Quaest e Atlas divulgadas nas últimas semanas.

Além disso, líderes do Centrão articulam uma debandada do governo Lula, mirando atentamente para as eleições de 2026. Eles também reclamam da pouca participação na Esplanada, pois aguardam uma reforma ministerial que os acomode, caso este que ainda não aconteceu.

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