Gleisi Hoffmann afirma que Eduardo Bolsonaro é “medroso” por permanecer nos EUA
Além disso, Gleisi também alegou que o deputado federal presta um “desserviço” ao país ao difamar o Brasil em solo estrangeiro ao relatar que necessitou fugir de uma ditadura.

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Nesta sexta-feira (21), a ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) vai se licenciar para permanecer nos Estados Unidos pois é “medroso”. O filho do inelegível ex-presidente Jair Bolsonaro comunicou esta semana que irá seguir em território norte-americano por tempo indeterminado para continuar a fazer lobby contra o Judiciário brasileiro.
“O problema dele é que ele não enfrenta o debate político, é medroso. Ele tinha que enfrentar o debate político aqui. Por que ele foi articular nos Estados Unidos com o Congresso norte-americano uma lei para impedir que brasileiros vão para lá? É uma lei contra o ministro Alexandre de Moraes, contra a Suprema Corte. Nós não podemos admitir isso”, disse a ministra em entrevista à CNN.
Além disso, Gleisi também alegou que o deputado federal presta um “desserviço” ao país ao difamar o Brasil em solo estrangeiro ao relatar que necessitou fugir de uma ditadura.
“Ele tentou criar uma situação para se vitimizar e dizer que ele estava sendo perseguido. Ditadura quem defende são eles, os Bolsonaro, que defenderam publicamente os ditadores, os torturadores e que queriam dar um golpe de Estado aqui”, pontuou a ministra.
Eduardo Bolsonaro tem frequentemente ido ao país norte-americano desde janeiro, quando viajou para acompanhar a posse do presidente Donald Trump (Republicanos). Porém, na ocasião, o parlamentar não conseguiu participar da cerimônia, assim como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Durante encontros com autoridades e vídeos gravados na antiga colônia britânica, Eduardo afirma que o Judiciário brasileiro tem apresentado posturas parciais e conduzido uma perseguição a sua família, em especial a seu pai, que será julgado no fim deste mês pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por articular uma tentativa de golpe no ano de 2022, período onde foi derrotada durante a eleição.
Para impedir que o deputado continuasse a pressionar o governo e o Judiciário nos EUA, o PT solicitou ao STF a apreensão do passaporte de Eduardo. Porém, a Procuradoria-Geral da União (PGR) recomendou o arquivamento do pedido por compreender que não havia evidências concretas de que o mesmo estaria cometendo delitos criminosos.