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Finlândia lidera ranking de felicidade pelo oitavo ano; Brasil sobe oito posições no ranking

O estudo, apoiado pela ONU, destaca que os países nórdicos continuam dominando as primeiras posições, com Dinamarca, Islândia e Suécia logo atrás.

Bandeira da Finlândia • Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images

A Finlândia reafirma seu título de país mais feliz do mundo pelo oitavo ano consecutivo, de acordo com o relatório global de felicidade divulgado nesta quinta-feira (20). O estudo, apoiado pela ONU, destaca que os países nórdicos continuam dominando as primeiras posições, com Dinamarca, Islândia e Suécia logo atrás.

Nos Estados Unidos, a situação é diferente. O país despencou para o 24º lugar, registrando sua pior posição desde a criação do ranking, em 2012, quando figurava na 11ª posição. Um dos fatores apontados pelo relatório para essa queda é o aumento das refeições solitárias: nos últimos 20 anos, o número de pessoas que jantam sozinhas no país cresceu 53%. Em 2023, um quarto dos americanos declarou ter feito uma refeição sozinho no dia anterior.

Outro ponto alarmante é o crescimento das chamadas “mortes por desespero” nos EUA – suicídios e óbitos relacionados ao abuso de álcool e drogas –, um fenômeno que contrasta com a tendência de queda desse tipo de morte na maioria dos países analisados.

Brasil sobe no ranking

O Brasil avançou oito posições e agora ocupa o 36º lugar, sendo o segundo país mais bem classificado da América do Sul, atrás do Uruguai, que aparece na 29ª colocação. Na América Latina, Costa Rica (6º) e México (10º) estão entre os melhores colocados.

Já o Afeganistão, que enfrenta uma grave crise humanitária desde a retomada do poder pelo Talibã em 2020, permanece como o país menos feliz do mundo.

O que torna um país mais feliz?

A metodologia do ranking combina dados sobre PIB per capita, suporte social, expectativa de vida saudável, liberdade, generosidade e índices de corrupção, além de análises sobre a percepção da qualidade de vida pelos próprios habitantes.

Para Frank Martela, pesquisador de bem-estar na Universidade Aalto, o segredo da felicidade finlandesa está na estabilidade e eficiência da sociedade. “A democracia funciona bem, há eleições livres, liberdade de expressão e baixos níveis de corrupção. Isso contribui para um maior bem-estar geral”, explicou.

Além disso, fatores como sistemas robustos de proteção social, acesso universal à saúde e benefícios como licenças-maternidade e subsídios de desemprego também impulsionam os índices de felicidade nos países nórdicos.

Outro aspecto destacado no relatório é o impacto da natureza e da solidariedade na felicidade. Para a estudante finlandesa Eveliina Ylitolonen, de 23 anos, o apreço pela beleza natural, com suas florestas e mais de 160 mil lagos, é um diferencial.

Por fim, o estudo ressalta que atitudes generosas e a confiança na bondade alheia são fortes indicadores de felicidade – até mais do que o nível de renda. “As pessoas subestimam o quão solidária sua comunidade realmente é. A taxa de devolução de carteiras perdidas, por exemplo, é muito maior do que se imagina”, concluem os pesquisadores.

Confira os 20 primeiros países mais felizes

  1. Finlândia
  2. Dinamarca
  3. Islândia
  4. Suécia
  5. Holanda
  6. Costa Rica
  7. Noruega
  8. Israel
  9. Luxemburgo
  10. México
  11. Austrália
  12. Nova Zelândia
  13. Suíça
  14. Bélgica
  15. Irlanda
  16. Lituânia
  17. Áustria
  18. Canadá
  19. Eslovênia
  20. República Tcheca

*Fonte: Correio Braziliense

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