O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (9/2) que, a partir de segunda-feira (10/2), os EUA irão impor tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio. Durante seu primeiro mandato (2017-2021), Trump já havia adotado uma medida semelhante, mas ao longo dos anos negociou isenções com países como Canadá, México e Brasil.

Em declarações a repórteres no avião presidencial, enquanto se dirigia a Nova Orleans para assistir ao Super Bowl, Trump afirmou: “Qualquer aço que entrar nos Estados Unidos terá uma tarifa de 25%”, acrescentando que o alumínio também seria taxado.

Em 2018, o presidente já havia imposto sobretaxas de 25% sobre as exportações de aço e 10% sobre as de alumínio. Naquela época, os EUA eram o principal mercado de exportação do Brasil nesses setores. Indústrias brasileiras, especialmente do setor siderúrgico, expressaram preocupações tanto com o impacto no mercado externo quanto no interno. A previsão era de que países afetados pela decisão de Trump buscassem outros destinos para suas exportações, o que geraria pressão comercial sobre as empresas brasileiras.

Dados da Câmara de Comércio Brasil-EUA revelam que, em 2024, o Brasil exportou US$ 11,4 bilhões em ferro e aço, dos quais 48% (US$ 5,7 bilhões) foram destinados aos EUA. No setor de alumínio, o Brasil exportou US$ 1,6 bilhão, com 16,8% (US$ 267,1 milhões) tendo como destino os Estados Unidos.

Além das tarifas sobre aço e alumínio, Trump também anunciou que novas tarifas serão impostas a partir de terça-feira (11/2) com base no princípio da reciprocidade, conforme informações divulgadas pela imprensa a bordo do avião presidencial. A decisão ocorre logo após o presidente americano ter imposto tarifas adicionais de 10% sobre produtos da China.

*Fonte: Correio Braziliense