NO CENTRO DO DEBATE

Transporte público: um desafio para Braide

Crise contínua no sistema de transporte que é marcada por greves, causou instabilidade na SMTT e a necessidade de uma nova licitação para substituir as empresas atuais.

Reprodução

O sistema de transporte público de São Luís tem se consolidado como um dos maiores desafios da gestão do prefeito Eduardo Braide. A recente paralisação dos rodoviários, que deixou mais de 700 mil usuários sem transporte, expõe um setor marcado por sucessivas crises e mudanças no comando da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT). Ainda que a greve tenha chegado ao fim nesta quinta-feira (20), a instabilidade na pasta persiste, refletida no afastamento temporário do recém-nomeado secretário Rafael Kriek.

A crise instalada no transporte público ludovicense não é recente e se intensifica a cada troca de comando na SMTT. Desde o início da gestão Braide, a pasta já teve quatro titulares: Cláudio Ribeiro, Diego Baluz, Diego Rodrigues e, agora, Rafael Kriek. Os dois primeiros foram convocados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal em 2021, que investigou as condições do sistema de transporte coletivo e as concessões aos empresários do setor. Já Diego Rodrigues que durante seu período na SMTT, envolveu-se em polêmicas, como a liberação de veículos apreendidos do pátio da SMTT, além de contratações de empresas questionadas pela Câmara Municipal

A exoneração de Diego Rodrigues e a nomeação de Rafael Kriek para a SMTT foram vistas como uma tentativa de dar novo fôlego à gestão do setor. No entanto, a decisão do novo secretário de se afastar por pelo menos 10 dias, em meio à recente crise, levanta questionamentos sobre os desafios internos da pasta. Kriek, que é advogado e procurador do município de São Luís, assumiu a secretaria após um período conturbado, no qual seu antecessor foi alvo de polêmicas relacionadas à liberação de veículos apreendidos e contratações questionadas pela Câmara Municipal.

Apesar do fim da greve dos rodoviários, resultado de uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-16), que determinou reajuste salarial de 7% e aumento de 10% no ticket alimentação dos trabalhadores, a crise do transporte público de São Luís está longe de ser solucionada. O próximo grande desafio para Braide e sua equipe será viabilizar uma nova licitação do sistema, substituindo as empresas que operam atualmente, mas enfrentando a complexidade dos contratos vigentes e a pressão dos rodoviários e usuários por um serviço mais eficiente e acessível. 

O transporte público segue como um “calcanhar de Aquiles” para a administração municipal, exigindo soluções concretas que ainda parecem distantes. Com um histórico de mudanças sucessivas na gestão da SMTT e sem um plano claro para garantir a qualidade e sustentabilidade do serviço, a população segue enfrentando incertezas sobre o futuro da mobilidade urbana na Ilha do Amor.

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