casos prováveis

Registros de dengue no Brasil caem 60% nas primeiras semanas de 2025

O Brasil documentou um total de 281.049 casos prováveis de dengue ao longo das seis primeiras do ano.

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Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses apontam que em 2025, o Brasil documentou um total de 281.049 casos prováveis de dengue ao longo das seis primeiras do ano. O número indica uma redução de aproximadamente 60% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 698.482 casos prováveis da doença.

Por meio de nota, o Ministério da Saúde avaliou a redução como substancial e uma consequência da mobilização nacional incentivada pela pasta de forma conjunta com estados e municípios. “O resultado é parte do Plano de Ação para Redução dos Impactos das Arboviroses, lançado pelo Governo Federal em setembro de 2024.”

Entre as unidades federativas, 17 documentaram quedas nos casos prováveis de dengue, sendo que as maiores reduções foram registradas no Distrito Federal, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Amapá e no Paraná. Já em dez estados, incluindo Tocantins e Pernambuco, houve uma elevação ao comparar com as seis primeiras semanas de 2024.

No que diz respeito à incidência, os estados com maior índice de casos prováveis por 100 mil habitantes são Acre, São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. São Paulo encontra-se na posição de estado com o maior número de casos prováveis do país: 164.463 mil apenas em 2025, representando uma elevação de aproximadamente 60% em relação ao mesmo período de 2024.

Sorotipo 3

Segundo a pasta, o aumento causa preocupações, especialmente pela presença de casos de infecção pelo sorotipo 3, que não estava presente no país de maneira predominante há mais de 15 anos. “Neste momento, por exemplo, a Força Nacional do SUS [Sistema Único de Saúde] mantém equipe em São José do Rio Preto, no interior do estado.

Em fevereiro, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) comunicou um alerta epidemiológico a respeito do risco elevado de surtos de dengue tipo 3 nas Américas. Segundo a entidade, a circulação do sorotipo já foi documentada em inúmeras nações do continente, assim como o Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México e Peru.

“A Opas pede aos países que reforcem sua vigilância, o diagnóstico precoce e a gestão clínica para que possam enfrentar um potencial aumento de casos de dengue”, explicou a organização, em nota. O alerta destaca que a Argentina chegou a registrar alguns casos de dengue tipo 3 no ano passado.

Ao todo, o vírus da dengue conta com quatro sorotipos diferentes, sendo que a imunidade contra um sorotipo fornece proteção vitalícia apenas contra esse sorotipo específico. “O que significa que infecções subsequentes com outros sorotipos podem aumentar o risco de formas graves da doença”, ressaltou a organização.

Ainda segundo a entidade, o sorotipo 3 vem sendo constantemente associado a formas graves da doença, mesmo em caso de infecções onde o paciente não possui histórico de infecções por outros sorotipos da dengue. “O cenário levanta preocupações sobre o potencial impacto do sorotipo 3 na saúde pública.”

“O ressurgimento do sorotipo 3, após um período de ausência prolongada em determinadas áreas das Américas, aumenta a vulnerabilidade de populações que não foram previamente expostas a ele”, completou a Opas.

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