Lula reforça apoio aos municípios e minimiza cobranças em evento com prefeitos
Presidente se reúne com prefeitos, defende diálogo com oposição, apoia parcelamento de dívidas municipais e comenta reajuste do piso do magistério.
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(Crédito: Ed Alves/CB)
Em meio à queda de popularidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou sua relação com os municípios durante o Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, evento promovido pelo governo federal em Brasília. Diante de quase quatro mil gestores municipais, Lula minimizou cobranças ao Planalto e destacou seu compromisso com prefeitos de todas as orientações políticas.
“Nenhum prefeito ou prefeita será discriminado por não ser do meu partido ou por criticar algum ministro. Todos foram eleitos pelo povo”, afirmou o presidente, enfatizando sua disposição para o diálogo.
Ao lado dos 38 ministros e dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), Lula também recebeu lideranças das principais entidades municipalistas. O governo sinalizou apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2023, que prevê o parcelamento das dívidas dos municípios. A medida foi defendida pelos presidentes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski; da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Edvaldo Nogueira; e da Associação Brasileira de Municípios (ABM), Ary Vanazzi.
Hugo Motta anunciou a criação de uma comissão especial para tratar da PEC, já aprovada no Senado, que propõe um novo modelo de pagamento de precatórios pelas prefeituras.
No discurso, Lula afirmou que a reunião não tinha caráter de reivindicação, diferentemente da Marcha dos Prefeitos, evento anual onde as demandas são formalmente apresentadas ao governo.
O presidente também rebateu críticas ao reajuste do piso do magistério, que aumentou 6,27%, chegando a R$ 4.867,77.
“Professor já foi inspiração para versos, poesias e músicas. Hoje, é tratado com descaso. Muitos acham que R$ 4.800 é muito para um professor que passa o dia inteiro com nossos filhos, quando, na verdade, deveríamos valorizar esse trabalho essencial”, disse Lula.
A fala do presidente veio após Paulo Ziulkoski manifestar preocupação com o impacto do reajuste nas contas municipais. “Tem professor ganhando mais de R$ 40 mil por mês. Valorizar o magistério é essencial, mas de onde vem o dinheiro para pagar?”, questionou o presidente da CNM.
*Fonte: Correio Braziliense