direitos humanos

Governo promete processo mais humanizado para deportados

Segundo voo vindo dos EUA chegou ontem ao Brasil, com 111 repatriados.

FAB/Divulgação

O segundo voo com brasileiros deportados pelos Estados Unidos pousou na noite de ontem (07) no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins. Antes de chegar a Minas Gerais, a aeronave fez uma escala técnica em Porto Rico e teve sua primeira parada em território brasileiro em Fortaleza, onde alguns passageiros desembarcaram. Dos 111 repatriados, 88 seguiram para Confins em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

A recepção foi organizada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), com a presença da ministra Macaé Evaristo. Durante a chegada dos deportados, ela destacou a importância de melhorar as condições do processo de repatriação.

“Aos poucos, a gente vai conseguir fazer com que esse processo seja menos doloroso e mais humanizado. Essa é a nossa tarefa, estamos aqui para isso, então contem com a gente”, afirmou.

De acordo com Ana Maria Gomes Raietparvar, da Coordenação-Geral de Promoção dos Direitos das Pessoas Migrantes, Refugiadas e Apátridas, a recepção em Fortaleza ajudou a reduzir o impacto emocional dos repatriados.

“Fizemos um acolhimento humanitário, e as pessoas, quando viam a gente, ficavam aliviadas. Alguns chegaram envergonhados, mas, ao perceberem a forma como seriam recebidos, relaxaram bastante”, disse.

O voo foi monitorado por um grupo de trabalho formado por representantes dos governos do Brasil e dos Estados Unidos. A lista com os repatriados foi disponibilizada cinco horas antes da chegada ao país, e não houve registros de passageiros sob alerta da Interpol.

Segundo a Polícia Federal, a maioria dos deportados é jovem: 38 têm entre 21 e 30 anos, e 33 estão na faixa dos 31 a 40 anos. O grupo conta com 85 homens, dos quais 71 viajavam desacompanhados. Entre as 26 mulheres a bordo, 12 também estavam sozinhas. Aproximadamente 25% do total, ou 28 pessoas, pertenciam a núcleos familiares.

Para garantir assistência aos repatriados, a sala de autoridades do Aeroporto de Confins foi transformada em um Posto de Acolhimento, oferecendo alimentação, água, internet e acesso a serviços públicos, como assistência social, saúde e regularização vacinal. Também foram disponibilizados canais para que os deportados pudessem entrar em contato com familiares.

*Fonte: Agência Brasil

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