Dólar registra menor valor desde 2024 e bolsa dispara
A moeda norte-americana caiu 1,26%, acumulando uma redução de 7,8% no ano em relação ao real.
![](https://oimparcial.com.br/app/uploads/2022/03/o-dolar-comercial-terminou-o-dia-no-brasil-a-r-473-em-alta-de-203-1583790534901_v2_750x421.jpg)
(Foto: Reprodução)
Nesta sexta-feira (14), o dólar fechou em forte queda de 1,26%, cotado a R$ 5,69. Com o resultado, a moeda norte-americana atingiu o menor valor desde o início de novembro de 2024. Agora, ela acumula redução de 7,8% no ano em relação ao real.
A Bolsa brasileira (B3) disparou. Durante às cinco horas da tarde, ela anotava alta de 2,64%, a 128.150 pontos. O Ibovespa, o principal índice da B3, estava sendo alavancado pela forte valorização das ações da Petrobras (3,27%) e da Vale (0,66%), que têm um evidente e fundamental peso no indicador. Também encontravam-se em em alta papéis de bancos como Itaú, Bradesco e Santander.
Em relação à moeda norte-americana, o movimento descendente destacou a tônica do comportamento da divisa em todo o mundo. O índice DXY, que analisa a força do dólar em relação a uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, caiu nesta sexta-feira (14). Às cinco horas da tarde, ele registrou recuo de 0,35%, aos 106,683 pontos.
Na análise de Emerson Vieira Junior, responsável pela mesa de câmbio da Convexa Investimentos, o mercado “manteve o bom humor” durante o dia devido o alívio em pontos de tensão que abalavam constantemente a cotação dos ativos nos últimos dias.
Um destes pontos foi a situação das taxas sobre produtos importados, comunicadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. De acordo com Vieira Junior, mesmo que o problema esteja longe de ser resolvido, os investidores consideram que o discurso do norte-americano tem sido mais severo do que as possíveis consequências das diretrizes anunciadas até aqui.
Etanol possivelmente taxado
Nesta quinta-feira (13), o Governo Norte-Americano comunicou a implementação de tarifas comerciais recíprocas contra países que possuem taxas definidas contra os Estados Unidos. Em pasta distribuída na mesma data, o etanol brasileiro foi identificado como um dos possíveis alvos das alterações.
Contudo, as sobretaxas não vão entrar em vigor de maneira imediata. Pois os países afetados necessitam de tempo para que sejam negociados novos termos comerciais com os EUA. Ao alegar tal afirmação, Howard Lutnick, indicado por Trump como secretário de Comércio, disse que o governo abordaria cada país impactado e que os estudos sobre o assunto seriam finalizados até o 1º dia de abril.