Cientistas encontram tumba do Faraó Tutmés II, a maior descoberta do Egito desde 1922
Há mais de um século não era descoberto uma tumba de faraó no Vale dos Reis, em Luxor.
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Reprodução
Nesta quinta-feira (20), arqueólogos egípcios e ingleses comunicaram a descoberta da tumba perdida do faraó Tutmés II, o último representante da 18ª dinastia que até o momento não possuía túmulo conhecido.
Não era descoberto uma tumba de faraó no Vale dos Reis, em Luxor há mais de um século. A múmia do faraó foi encontrada em 1881, em um local secreto de monarcas egípicios. No entanto a descoberta não revelou seu túmulo original.
Para o Ministério do Turismo e das Antiguidades do Egito, o achado do túmulo é a mais significativa da história do Egito Antigo desde a descoberta da tumba de Tutancâmon, no ano de 1922.
De certa forma ou não a grande o encontro aconteceu por acaso, a entrada do túmulo foi encontrada em 2022, quando começaram as escavações, no entanto não era esperado que fosse o túmulo de um dos antigos reis.
Piers Litherland, arqueólogo britânico líder da missão, só notou o peso histórico do achado quando percebeu o teto da câmara funerária com pinturas nobres que indicavam a importância do dono da tumba.
Quem foi o faraó?
O túmulo pertencia a Tutmés II, que teve seu reinado durante os anos de 1493 à 1479 a.C. O faraó foi o quarto governante da 18ª dinastia egípcia. Ele era casado com sua meia-irmã, a faraó Hatshepsut e pai de Tutmés III, um dos líderes militares mais famosos do antigo Egito.
Embora ele também tivesse sangue real, era filho de uma terceira esposa, portanto teve de dividir a coroa com Hatshepsut, filha da esposa principal, Ahmose, para poder governar.
A descoberta da tumba
No início, acreditava-se que a tumba abrigava o corpo de uma esposa real. A missão arqueológica conjunta egípcio-britânica começou no ano de 2022.
Para que fossem removidos os escombros deixados por enchentes no corredor que descia até os sarcófagos, foram necessários meses de trabalho. A confirmação do dono do túmulo perdido só veio após identificar as cenas do Amduat, um texto religioso reservado aos reis, pintadas nas paredes da tumba.
Entre os artefatos achados dentro da tumba, estão mobiliários funerários com a inscrição de Tutmés II, porém, o sarcófago original não foi encontrado. A ausência de bens funerários indicam que possivelmente os objetos foram transportados para outro local devido inundações.
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