Casos de doença respiratórias avançam
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a gripe afeta 3,5 milhões de pessoas por ano e se agrava com a chegada do período chuvoso.
Quando se juntam o início do ano e a chegada da quadra chuvosa, não se fala em outra coisa: por onde passamos, tem alguém relatando alguma infecção viral. Isso acontece porque a queda na temperatura e o clima frio favorecem a sobrevivência de vírus, além de ressecar as mucosas que revestem o nariz e a garganta, deixando-os mais vulneráveis aos microrganismos invasores.
O último boletim da InfoGripe da Fiocruz, do dia 31 de janeiro, reforça o alerta, que começou a ser feito há algumas semanas, para o aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 em estados das regiões Norte e Nordeste. O estudo destaca que, diferentemente da influenza e do vírus sincicial respiratório (VSR), a Covid-19 não tem sazonalidade. Portanto, o crescimento de casos da doença geralmente está associado ao espalhamento de uma nova variante, que pode ser mais transmissível e/ou consegue escapar da proteção imunológica.
No Maranhão, no entanto, assim como Rio Grande do Norte e Sergipe, o Boletim também já constata uma desaceleração do aumento. Por outro lado, Roraima tem apresentado aumento dos casos de SRAG entre as crianças pequenas de até dois anos de idade.
“Em relação às recomendações, a gente mantém as de sempre, principalmente para as pessoas que moram nessas regiões com aumento de casos de SRAG. Além disso, é muito importante que todas as pessoas estejam em dia com a vacinação contra a Covid-19. A vacina não impede a infecção contra o vírus, mas protege contra as formas mais graves e óbitos da doença”, destacou a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Processamento de Dados Científicos da Fiocruz e do Boletim InfoGripe.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 7% para influenza A; 3.5% para influenza B; 11,4% para VSR; 19,9% para rinovírus; e 51,9% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a prevalência entre os casos positivos foi de 5,6% para influenza A; 2,4% para influenza B; 2,1% para VSR; 7% para rinovírus; e 787% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
Gripe pode ocasionar quadros graves
Por mais que seja comum em períodos sazonais, a gripe, se não tratada de maneira correta, pode desenvolver quadros graves de saúde. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença afeta cerca de 3,5 milhões de pessoas por ano.
No entanto, é possível, com medidas simples e estratégicas no dia a dia, fortalecer a imunidade e amenizar os sintomas das infecções. De acordo com o médico André Guanabara, a boa alimentação e a prática de atividades físicas são fundamentais para a manutenção da saúde.
“Para aumentar a imunidade existem algumas formas que podem ser aliadas no processo. A prática de atividades físicas por pelo menos 150 minutos semanais é altamente importante, pois ela ajuda na produção de células de defesa, além de melhorar a resposta do sistema imune. Esse hábito também deve atuar em conjunto com a boa alimentação, rica em nutrientes e minerais, que previnem o envelhecimento precoce e garantem o funcionamento adequado do organismo”, explica.
Ainda de acordo com o médico, é preciso uma atenção especial ao estoque de vitaminas no organismo. “Vitaminas como D, C, Complexo B, Zinco, entre outras, são fundamentais para o fortalecimento da imunidade, pois atuam protegendo o organismo das infecções e dos radicais livres, atuando também como antioxidantes”, completa.
Obesidade pode ser um agravante
De acordo com estudo da Sanofi em parceria com a ALS Perception, realizado em fevereiro de 2024, 68% dos brasileiros têm pouco ou nenhum conhecimento que o vírus da Influenza pode causar o agravamento de doenças preexistentes, como problemas cardiovasculares.
Na comunidade científica há um consenso que esse tipo de problema é mais propenso a acometer pessoas com obesidade. De acordo com o Dr. André Guanabara, o peso em excesso pode ser um dos agravantes do quadro de gripe. “A obesidade não é benéfica para a saúde em nenhum cenário. No caso de um quadro de gripe em um paciente que já seja acometido por doenças cardiovasculares, como hipertensão e arritmia, a reação inflamatória pode causar instabilidade das placas de ateromas, as quais podem estar no cérebro, levando a possibilidade de um AVC, ou no coração, trazendo a possibilidade de um infarto agudo do miocárdio”, explica.
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