Casas são demolidas devido alto fluxo de água em galeria de esgoto no Anil
A situação já resultou no desmoronamento de três quintais e na demolição preventiva de outros cinco.
Moradores do bairro do Anil, próximo a Rua Adelman Correia, relatam que suas residências, assim como a estrutura de saneamento da região, estão sendo comprometidas devido o alto fluxo de água proveniente de uma antiga galeria de esgoto do local. De acordo com vídeos e relatos dos residentes, a situação já resultou no desmoronamento de três quintais e na demolição preventiva de outros cinco.
Ainda segundo moradores, foi autorizada uma conexão da antiga galeria com o sistema de drenagem pluvial de um condomínio da região, causando assim a erosão no local por conta do elevado nível das águas que começou a passar pela instalação subterrânea, que por sinal não passou por manutenção ou reforço estrutural.
Após a demolição preventiva do quintal de cinco casas, a pedido da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEDEC), e realizada pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (SEMOSP), foi acordado que iriam retornar ao local para que fosse iniciada a construção de uma nova galeria para a região. No entanto, antes do acordo, moradores alegaram que os funcionários públicos desejavam realizar apenas um paliativo, porém foram impedidos pois tal medida não resolveria o problema.
Residentes relatam que ainda não obtiveram retorno da SEMOSP, e seguem no aguardo para que seja solucionada a situação, que fere a dignidade e moral dos moradores da área. Neste sábado (8), residências foram totalmente interditadas por conta do risco iminente de desmoronamento identificado pela aparição de rachaduras presentes nos imóveis.
Em vídeo, é possível ver a estrutura das casas desmoronando por conta do intenso fluxo de água da galeira, confira:
Famílias abaladas
Com o período de chuva na Grande Ilha elevando ainda mais o fluxo de águas que passam pelo rio Jaguarema, a erosão no local continua sendo cada vez mais agravada, dificultando assim a vivência, a locomoção e o saneamento básico da região.
Em conversa cedida para O Imparcial, um dos moradores do local, Paulo Cesar Campelo, conta que a situação vem sendo motivo de grande tristeza e transtorno na vida de muitas famílias. De acordo com ele: “Aqui nas casas temos idosos, crianças, mulher gestante, mãe de filho recém operado, todos com o emocional muito abalado”, disse.
Ainda segundo Paulo: “Muitas vezes as pessoas só enxergam o prejuízo financeiro, mas o estrago emocional é pesado, as vezes pior pois tira nossa saúde, noites em claro angustiados, sensação horrível, eu mesmo perdi 4Kg desde o início de toda esta situação”, contou.
O local permanece em péssimas condições, apresentando uma aparência pouco agradável, com condições favoráveis a proliferação de doenças e além disso, possibilitando acidentes perigosos devido o alto risco de desabamento.
Afim de entender a situação e compreender os fatos ocorridos e relatados, O Imparcial tentou entrar em contato com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEDEC), porém não obtivemos resposta.