Combustível baixo

Avião não consegue pousar em São Luís; “Momento mais tenso da minha vida” relata passageiro

O voo, que partiu de Campinas (SP) às 13h23 para São Luís, passou por fortes turbulências na capital maranhense, obrigando o piloto a procurar outras alternativas.

Reprodução

O jornalista e radialista maranhense Marcos Vinicius, de 54 anos, foi um dos passageiros do no voo do Airbus A320 da Azul que necessitou declarar situação de emergência por baixo nível de combustível após tentativas de pouso em São Luís e Teresina (PI). O avião teve que mudar seu trajeto para Parnaíba, no Piauí, onde conseguiu pousar com segurança.

Marcos afirmou que estava viajando com a família, incluindo sua esposa, sogra, cunhada, sobrinho e sua filha, Dandara Maria, que havia acabado de completar 15 anos. Ele conta que toda a situação foi de tensão e medo.

“No aviso do comandante, o que mais passa pela nossa cabeça é que estamos com nossa família do lado. Você pensa que tudo vai acabar ali, que é o fim de tudo. Foi o momento mais tenso da minha vida na aviação civil. Só pensava que estávamos na mão de Deus e do piloto, que tinha várias vidas sob sua responsabilidade”, expressou.

Constantemente viajando, Marcos Vinícius afirma que já esteve em voos internacionais, no entanto nunca passou por algo parecido. O voo, que partiu de Campinas (SP) às 13h23 para São Luís, passou por fortes turbulências na capital maranhense, obrigando o piloto a procurar outras alternativas.

“Ele tentou pousar em Teresina, mas as condições estavam ainda piores. Foi então que seguimos para Parnaíba, e naquele momento só restavam 30 minutos de combustível. Mas, e se ele não tem condições de pousar em Parnaíba? o que seria de nós até chegar no aeroporto de Fortaleza? não teríamos como chegar”, disse.

Marcos viajava junto com sua esposa, sogra, cunhada, sobrinho e sua filha, Dandara Maria — Foto: Marcos Vinicius

Após o pouso da aeronave, os passageiros tiveram que aguardar cerca de uma hora pelo reabastecimento do avião. Para Marcos, toda esta situação problemática poderia ter sido evitada com um planejamento mais apurado e detalhado feito pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

“Por exemplo, se o avião sabe, na rota, de que no destino final há indícios de grandes temporais, ele já poderia ter feito um pouso emergencial antecipadamente, pra aguardar as melhorias das condições climáticas da cidade de São Luís, que não estava apto a pousos como o que aconteceu”, conta.

De acordo com as regras da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a emergência é declarada quando o avião tem combustível para menos de 30 minutos de voo. A Anac estabelece ainda que uma aeronave precisa ter combustível suficiente para ir do ponto A (no caso do voo AD4871, Campinas) ao ponto B (São Luís), do ponto B para o ponto C (Teresina), e mais 30 minutos de voo.

Após o pouso em Parnaíba, o avião foi reabastecido e a aeronave retornou a São Luís, onde os passageiros conseguiram desembarcar após a pista apresentar melhores condições para pouso. Através de nota, a Azul comunicou que o Airbus pousou em “total segurança” na Grande Ilha

Nota completa da Azul:

“A Azul informa que, por questões climáticas adversas em São Luís (MA), o voo AD4871 (Viracopos-São Luís), precisou ser alternado para Teresina (PI), onde também não conseguiu pousar pelo mesmo motivo, precisando desviar novamente, para Parnaíba (PI), onde aterrissou em total segurança. Em seguida, a aeronave prosseguiu para a capital maranhense, onde clientes e tripulação desembarcaram.

Os clientes impactados estão recebendo toda assistência necessária, conforme prevê a Resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Azul ressalta que medidas como essas são necessárias para conferir a segurança de suas operações, valor primordial para a companhia.”

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