DEBATE AMPLIADO

Possível reforma no Governo do Maranhão gera especulação política

As mudanças ganharam força após a exoneração do advogado Pedro Chagas do cargo de secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, ocorrida na última sexta-feira (10).

Governador Carlos Brandão (Foto: Reprodução)

Os rumores sobre uma possível reforma administrativa no governo do Maranhão, liderado por Carlos Brandão (PSB), movimentaram intensamente os bastidores políticos e dominaram os debates em meios de comunicação e blogs especializados. As mudanças ganharam força após a exoneração do advogado Pedro Carvalho Chagas do cargo de secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, ocorrida na última sexta-feira (10).

O movimento ganhou força nos bastidores políticos e dominou o debate em blogs e meios de comunicação. A decisão de Brandão em remanejar Chagas para a presidência da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) – atualmente liderada por Gilberto Lins Neto, que tem laços familiares com o governador – é apenas a ponta do iceberg de uma série de mudanças que prometem reconfigurar o núcleo de poder do Palácio dos Leões.

Brandão tem adotado uma abordagem cautelosa e estratégica, priorizando conversas individuais com aliados e líderes partidários antes de abrir negociações mais amplas. Apesar do tom diplomático, algumas secretarias já são consideradas inegociáveis pelo núcleo político do governo, como as pastas de Infraestrutura e Saúde, essenciais para a execução de políticas públicas e manutenção de alianças.

Entretanto, outras áreas estão no centro das disputas políticas. A Secretaria de Estado da Educação (Seduc), por exemplo, segundo os bastidores político, será transferida para um indicado do PT, substituindo Jandira Dias. A pasta, que possui uma das maiores estruturas do governo, é vista como um ativo estratégico e tem gerado intensas movimentações internas no petismo. Caso o partido assuma a Seduc, outras secretarias sob seu comando podem ser colocadas na mesa de negociação, o que evidencia o peso das articulações.

Outra especulação política que também ganhou força nas rodas de conversa, é que a Sema teria sido oferecida ao grupo político do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), que estaria tentando assumir a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). Esta última pode  permanecer sob o controle do União Brasil, liderado por Pedro Lucas Fernandes. 

A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) é outra pasta do governo que também deverá passar por uma reformulação. Yuri Arruda, atual titular, pode ser deslocado para outra função, enquanto o comando da pasta pode ser entregue ao MDB, da deputada federal Roseana Sarney. A medida, caso confirmada, fortalecerá ainda mais o espaço do partido no governo.

A Secretaria de Comunicação (Secom) é outra peça central nas discussões. Sob a gestão do jornalista Sérgio Macedo, a pasta tem enfrentado críticas recorrentes, tanto de governistas quanto de profissionais da imprensa, o que aumenta as expectativas de uma mudança iminente.

Além disso, a Secretaria Extraordinária da Juventude (Sejuv), com baixo impacto orçamentário, pode ser usada como moeda de troca para ajustes na composição da Câmara Municipal de São Luís, indicando um possível convite à vereadora Thay Evangelista (União Brasil), esposa do líder do governo na Assembleia, Neto Evangelista. Enquanto o PCdoB, sob o comando do deputado Márcio Jerry, busca manter o controle sobre a Secretaria de Cidades (Secid), o Progressistas (PP), do ministro André Fufuca, garantiria sua fatia com o comando do Detran/MA e outras posições estratégicas. Por outro lado, o PDT, liderado pelo senador Weverton Rocha, seguiria em negociações para integrar a gestão, a pedido do presidente Lula. Essas articulações, embora locais, refletem o impacto das relações com Brasília e evidenciam como as negociações no Maranhão também são influenciadas por dinâmicas nacionais.

Vale ressaltar que Brandão promoveu, em outubro, um almoço no Palácio dos Leões que reuniu presidentes de partidos que integram sua base de apoio, reforçando o discurso de unidade política em sua gestão. Durante o encontro, cada líder partidário teve a oportunidade de se pronunciar, destacando a importância de unir forças para enfrentar os desafios administrativos e políticos do Maranhão.

A reforma administrativa planejada por Brandão transcende o simples ajuste técnico da estrutura do governo. Trata-se de uma jogada política visando consolidar alianças e garantir apoio em um cenário eleitoral que promete ser acirrado. Com os olhos voltados para 2026, Brandão busca não apenas assegurar uma base sólida de apoio, mas também reposicionar seu grupo político como protagonista no estado.

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