Em alusão ao Janeiro Branco, o Ministério Público do Maranhão vai realizar uma série de atividades voltadas à conscientização sobre a saúde mental no ambiente de trabalho, promoção do bem-estar e desenvolvimento pessoal.

As atividades vão ser desenvolvidas de forma integrada na Procuradoria-Geral de Justiça, Promotorias de Justiça da Capital, Corregedoria-Geral do MPMA e Escola Superior do Ministério Público.

Na abertura da programação, realizada nesta quarta-feira (22) no antigo restaurante da Procuradoria-Geral de Justiça, o psiquiatra João Arnaud falou acerca da importância do bem-estar emocional e mental. Membros e servidores do MPMA participaram da atividade.

Após a palestra, foram oferecidos aos presentes serviços de massagem, bioimpedância, degustação de produtos e orientações de fisioterapia.

Após saudar os participantes e parabenizar a Seção de Saúde Funcional pela realização do evento, a subprocuradora-geral de justiça para Assuntos Administrativos, Regina Leite, destacou a importância da discussão sobre saúde mental.

“O Ministério Público do Maranhão, ao abraçar esta causa, reafirma seu compromisso com a promoção do bem-estar de todos, incentivando o autocuidado, a empatia e a busca por apoio. O Janeiro Branco surge como um convite a refletirmos sobre nossas emoções, nossa saúde psíquica e a importância de buscar ajuda quando necessário”, destaca Regina.

A corregedora-geral do MPMA, Maria de Fátima Travassos, citou números das doenças mentais no Brasil para ressaltar a gravidade da situação e a necessidade de estratégias em todos os setores da sociedade para o enfrentamento das enfermidades.

“Momentos como este são muito importantes porque propiciam a reflexão sobre essa temática tão complexa. Temos que garantir um ambiente de trabalho saudável, com tolerância, empatia, a fim de termos uma atuação institucional cada vez mais serena, leve e, ao mesmo tempo, eficaz e relevante”, afirmou a corregedora-geral do MPMA.

O promotor de justiça Cássius Chai, diretor das Promotorias de Justiça da Capital, também enalteceu a importância de desmistificar o debate sobre saúde mental e da participação de toda a sociedade. “Nem todos têm a capacidade de suportar sozinho as angústias, uma perda familiar, uma ausência sentida, uma fala mais ríspida. A enfermidade mental é uma doença, mas não é uma chaga e não pode impor um autoexílio, um abandono, um desprezo social”.

Saúde mental

Na palestra, o psiquiatra João Arnaud chamou atenção sobre a necessidade de pensar a saúde mental como estratégia de promoção do bem-estar, estabelecimento de vínculos dentro dos ambientes de trabalho e na sociedade.

“Atenuar ansiedades, resolver conflitos, fortalecer equipes são estratégias extremamente relevantes para a promoção da saúde mental, bem como ficar atentos a sinais de sofrimento psíquico dentro das instituições e permitir o tratamento adequado”, sugeriu o psiquiatra.

Como exemplos práticos dessas estratégias, o psiquiatra listou a criação de momentos coletivos para se discutir as dificuldades e as potencialidades, espaços de arte-terapia, musicoterapia, nos quais se possa relaxar e pensar estratégias de enfrentamento das angústias e a flexibilidade em relação a metas e produtividade, “fortalecer vínculos é extremamente relevante”, resumiu.

Ao final da palestra, a chefe da Seção de Saúde Funcional do MPMA, Daniella Salomão Prazeres, agradeceu a participação de membros e servidores da instituição e a administração superior pelo apoio para a realização do evento, além de divulgar o restante da programação do Janeiro Branco.

Janeiro Branco

O Janeiro Branco é uma campanha global de conscientização sobre a Saúde Mental iniciada em 2014 no Brasil. Foi criada com o objetivo de chamar a atenção da humanidade para as questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional das pessoas e das instituições humanas.

O mês de janeiro foi pensado porque, no primeiro mês do ano, em termos simbólicos e culturais, as pessoas estão mais propensas a pensarem em suas vidas, em suas relações sociais, em suas condições de existência, em suas emoções e em seus sentidos existenciais.

* Fonte: MPMA