Marinha confirma 12ª morte na queda da ponte Juscelino Kubitschek
As buscas foram ampliadas para trechos mais distantes do leito do rio, devido ao aumento da correnteza.
A Marinha confirmou, ontem, a 12ª morte decorrente da queda da ponte Juscelino Kubitschek, que liga Estreito e Aguiarnópolis (TO). Trata-se do caminhoneiro Beroaldo dos Santos, de 56 anos, cujo caminhão transportava uma carga de ácido sulfúrico e estava submerso no Rio Tocantins.
Duas vítimas localizadas na terça-feira — e cujos cadáveres foram resgatados — estavam dentro de um Voyage branco. São elas Cássia de Sousa Tavares, de 34 anos, e a filha Cecília Tavares Rodrigues, de 3. Elas viajavam com Jairo Silva Rodrigues, 36, que foi resgatado com vida.
Cinco pessoas, porém, estão desaparecidas: Alessandra do Socorro Ribeiro, de 50 anos; Salmon Alves Santos, 65; Felipe Giuvannuci Ribeiro, 10; Marçon Gley Ferreira, 42; e Gessimar Ferreira da Costa, 38. As buscas foram ampliadas para trechos mais distantes do leito do rio, devido ao aumento da correnteza.
O desabamento, ocorrido em 22 de dezembro, provocou a queda de 10 veículos no Rio Tocantins, incluindo dois caminhões que transportavam materiais tóxicos — o de Beroaldo levava 76 toneladas de ácido e outro, 25 mil litros de defensivo agrícola. Porém, os tanques estão intactos e o risco de vazamento e contaminação do meio ambiental é mínimo, segundo o supervisor de Emergência Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) do Tocantins, Caco Graça.
“O pior cenário seria se a carga tivesse sido expelida durante a queda. Isso não aconteceu. Os tanques estão intactos, a partir da visão do sonar da Marinha e, também, das equipes técnicas. Se toda a carga que está ali tivesse vazado, ainda assim não daria prejuízo à vida humana em função da diluição. No perímetro teria uma contaminação e, por isso, nós recomendamos que as pessoas não se aproximem do local, mesmo com embarcações. Na retirada (dos caminhões) pode haver (vazamento)”, afirmou Graça.
A ponte, inaugurada em 1961, foi projetada para atender a um fluxo de veículos significativamente menor do que o registrado atualmente. O aumento no volume de tráfego e no peso das cargas transportadas ao longo das últimas décadas — associados à manutenção precária — pode ter contribuído para o colapso da estrutura. Investigadores da Polícia Federal (PF) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes apuram as responsabilidades pelo acidente, mas, a princípio, a principal suspeita é de que o vão central tenha cedido e se separado do restante da estrutura, que colapsou. O Dnit instaurou uma sindicância com prazo de 120 dias para apresentar os resultados.
Reconstrução
Em caráter emergencial, o Ministério dos Transportes contratou o consórcio Penedo-Neópolis — formado pelas empresas Construtora Gaspar S/A e Arteles Construções Ltda. — para reconstruir a ponte. O acerto financeiro, de R$ 171,9 milhões, prevê a conclusão dos trabalhos até dezembro de 2025.
O consórcio iniciou a mobilização dos recursos necessários para o início da recuperação. A pasta destacou que a nova passagem será projetada para suportar o tráfego atual, oferecendo mais segurança e maior durabilidade.
* Fonte: Correio Braziliense
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