Reservas indígenas

Corpo de Bombeiros intensifica combate a incêndios florestais em reservas indígenas do Maranhão

Os militares atuam especialmente na Aldeia Zé Gurupi, utilizando técnicas como aceiros, combate direto e a estratégia de fogo contra fogo para evitar a propagação das chamas.

(Foto: Reprodução)

Corpo de Bombeiros intensifica combate a incêndios florestais em reservas indígenas do MaranhãoO Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) ampliou a operação Maranhão Sem Queimadas – Protetores do Bioma para enfrentar os incêndios florestais que vêm afetando reservas indígenas no estado. Nesta semana, as equipes estão mobilizadas na Reserva Biológica do Gurupi, localizada na região noroeste do Maranhão, com apoio do Instituto Chico Mendes (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

Os militares atuam especialmente na Aldeia Zé Gurupi, utilizando técnicas como aceiros, combate direto e a estratégia de fogo contra fogo para evitar a propagação das chamas. No entanto, as condições de trabalho têm sido desafiadoras devido aos fortes ventos, altas temperaturas e à grande extensão da área afetada. Apesar disso, a presença das equipes tem sido crucial para preservar o meio ambiente e proteger as comunidades indígenas, que dependem diretamente dos recursos naturais da região.

De acordo com o comandante-geral do CBMMA, coronel Célio Roberto, as ações estão sendo realizadas de forma coordenada e com respeito às especificidades culturais e ambientais das áreas indígenas. Ele destacou a importância da colaboração entre as instituições, como o IBAMA e as comunidades locais, para garantir a eficácia das ações.

Além do combate direto ao fogo, a operação conta com estratégias como monitoramento aéreo com drones para identificar focos de incêndio em tempo real, capacitação de comunidades sobre prevenção de incêndios e criação de aceiros para conter o avanço das chamas. O tenente Alessandro Sodré, comandante do 12° Batalhão de Bombeiros Militar, em Açailândia, destacou o caráter contínuo do trabalho, que envolve tanto a extinção do fogo quanto a prevenção de novos focos, com apoio de agentes do PrevFogo e, em algumas situações, dos próprios indígenas.

A operação também inclui uma estrutura logística que contempla montagem de acampamentos, transporte de materiais por trilhas e deslocamento dos combatentes. Para reforçar a resposta às emergências, o governo estadual criou um comitê composto por representantes da Segurança Pública, órgãos ambientais e comunidades, responsável por elaborar estratégias integradas de enfrentamento aos incêndios.

Desde o início do período seco, cerca de 16 militares estão mobilizados em caráter preventivo e emergencial, com suporte de viaturas e equipamentos para atuar em áreas de difícil acesso. O efetivo da 9ª Companhia Independente de Bombeiros Militar, de Santa Inês, já combateu incêndios em outras reservas, como Alto Turiaçú, e permanece à disposição para novas demandas.

A operação, que também conta com a parceria da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), reforça o compromisso com a proteção da biodiversidade e a segurança das comunidades indígenas no Maranhão, especialmente em um momento crítico marcado pelo avanço dos incêndios florestais.

Fonte: ASCOM-BM8

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