‘nível crítico de degradação’

Centro Histórico: 100 casarões estão sob risco de desabamento

Tenente-coronel José Lisboa, Chefe da 5ª Seção do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão, falou sobre o panorama geral sobre o período chuvoso no estado.

Reprodução

O Imparcial recebeu o Tenente Coronel José Lisboa, Chefe da 5ª Seção do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão para dar um panorama geral sobre o período chuvoso no estado. Dentre outros assuntos, ele falou ainda do trabalho que a corporação vem fazendo para mitigar os impactos, tanto da estiagem vivenciada no ano passado, quanto da estação chuvosa que deve se intensificar nos próximos meses. Confira os principais destaques da entrevista. A entrevista completa você acompanha no canal do Youtube do Jornal O Imparcial em: https://youtu.be/cAJrj9b5p9s.

100 casarões em risco


Com base em mais recente atualização, o CBMMA informou cerca de 70 edificações do Centro Histórico na classificação de ‘nível crítico de degradação’. As vistorias são executadas pela Coordenação Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPEDECMA).

As principais causas de degradação dos imóveis são, desgaste natural causado pelo tempo e falta de manutenção. Já os problemas mais comuns são colapso da cobertura, estruturas comprometidas e risco de desabamento.

As notificações, em geral, orientam sobre adequações a serem promovidas nos imóveis.  Em casos mais críticos, pode ser determinada a interdição parcial ou total, até a evacuação de moradores, se houver. A maior parte destes imóveis são de propriedade particular.

“Nós temos centenas de casarões ali catalogados. São 380 prédios em toda a região do Centro. Hoje nós temos 100 casarões que estão catalogados classificados nesse estado de risco elevado. Essas estruturas acabam recebendo esse status por comprometimento tanto nas paredes, na fachada e também na cobertura, o que pode gerar um problema para as pessoas que dão fluxo àquele local. Portanto, nós levamos essa informação, principalmente aqueles órgãos que são protetores, que acompanham o nosso o nosso patrimônio histórico, e também aos proprietários, uma vez que a maioria desses casarões é de propriedade privada”, disse o tenente coronel. 

Os relatórios são encaminhados aos órgãos de competência no acompanhamento do patrimônio histórico.

Período chuvoso na Ilha


Segundo o Corpo de Bombeiros 10 pessoas estão desalojadas em decorrência do período chuvoso na Grande Ilha. Não há registro de desabrigados até o momento, e também ainda não há decreto por conta do período chuvoso. “Nós tivemos alguns atendimentos aqui em São Luís, fornecendo auxílio e acompanhamento diretamente para algumas pessoas. São 10 pessoas que estão no status de desalojadas, que precisaram sair de suas casas e estão em casas de parentes, ou outros.  Não necessariamente elas precisaram de abrigo pelo poder público, elas só tiveram que sair daqueles locais”, disse o Tenente Coronel.

“Governo já sinalizou para a realização do concurso”

Atuando em diversas frentes o ano inteiro, a corporação desempenha um trabalho que demanda inclusive deslocamento, como o que ocorreu recentemente com o colapso na ponte Juscelino Kubistchek, entre Maranhão e Tocantins.

Na atualidade, o tenente coronel reconhece que o trabalho necessita de reforços.

“O governo já sinalizou para a realização do concurso. Nós estamos aguardando isso uma burocracia em volta desse processo, mas existe um esforço muito grande do governo para realizar esse concurso em breve. Então, o governador já anunciou. Em breve nós deveremos estar celebrando comemorando a vinda de novos bombeiros. Nós precisamos sim de reforços, mas nós utilizamos algumas estratégias para podermos atender a população de forma eficiente. Nos últimos anos nós realizamos a expansão das unidades operacionais. Então, hoje nós estamos localizados estrategicamente por regiões. Para melhor atender frente a um problema, desastre, necessidade da população, nós mobilizamos equipes de outras regiões para reforçar, foi o que aconteceu em Estreito. Nós mobilizamos mergulhadores aqui de São Luís e de outras unidades especializadas pra que a gente pudesse dar aquela resposta rápida à população, isso foi feito em conjunto, foi uma operação muito grande, inclusive com mergulhadores de outros estados Pará, Tocantins, até mesmo de São Paulo devido à grandiosidade na complexidade dessa ocorrência”.

Mais de 1.500 abordagens na orla


De acordo com o Corpo de Bombeiros, de 1º a 19 de janeiro de 2025, nos atendimentos realizados pelos batalhões da corporação, em todo o estado, foram registrados 11 afogamentos. Desse total, seis na região metropolitana de São Luís, atendidos pelo Batalhão de Bombeiros Marítimo (BBMar). Não houve óbito.

“Este ano nós tivemos muita atividade de prevenção. Nós já chegamos a realizar mais de 1.500 abordagens. Nosso guarda-vidas é treinado para identificar ocorrências antes que elas aconteçam. Ano passado nós fizemos mais de 24 mil abordagens e aí a gente se pergunta: quantas vidas nós salvamos com essas 24 mil abordagens? A gente não sabe responder, mas a gente tem certeza que foram inúmeras”, disse Lisboa.

Ele ainda afirmou que a maioria das ocorrências ocorre com homens, que  se afogam 6 vezes mais que as mulheres. E isso se dá pela autoconfiança, pelo comportamento desafiador, o que o coloca situações mais expostas ao afogamento.  Outro grupo que merece atenção é o da faixa etária de 15 a 25 anos.

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