Caso de envenenamento em Torres completa um mês e choca o Rio Grande do Sul
De acordo com a Polícia Civil, Deise apresenta um perfil “manipulador” e “frio”, e há “fortes indícios” de envolvimento em homicídios e tentativas de homicídio em série
O trágico episódio de envenenamento que marcou o Natal na cidade de Torres, no Rio Grande do Sul, chega ao seu primeiro mês nesta quinta-feira (23). Deise Moura dos Anjos, apontada como a principal suspeita, teria colocado arsênio na farinha usada para preparar um bolo de frutas cristalizadas servido em uma reunião familiar. O caso resultou na morte de três pessoas: Zeli dos Anjos, sogra de Deise, além de Neuza Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva, irmãs de Zeli.
A Polícia Civil investiga a possibilidade de que outros alimentos consumidos pela família também tenham sido envenenados. O histórico de suspeitas em torno de Deise inclui a morte de seu sogro, Paulo Luiz dos Anjos, em setembro de 2024. Exames realizados após a exumação do corpo revelaram traços de arsênio, supostamente administrado por meio de bananas e leite em pó oferecidos pela nora.
Além disso, as autoridades apuram se Deise tentou envenenar o marido, Diego dos Anjos, e o filho do casal dias antes da tragédia natalina, ao adicionar arsênio em um suco de manga.
De acordo com a Polícia Civil, Deise apresenta um perfil “manipulador” e “frio”, e há “fortes indícios” de envolvimento em homicídios e tentativas de homicídio em série. Investigações mostram que ela comprou arsênio ao menos quatro vezes em um período de quatro meses, utilizando a internet para adquirir o produto, que foi entregue pelos Correios.
Presente desde 5 de janeiro, Deise nega as acusações. Sua defesa afirma que está aguardando acesso completo às provas antes de se posicionar formalmente. Enquanto isso, o caso continua a repercutir nacionalmente, chocando a população pela gravidade dos fatos.
Fonte: Correio Braziliense