Adeus a Emílio Ayoub: o poeta maranhense que fez dos muros de São Luís sua eterna página em branco
Em 2017, Emílio Ayoub concedeu uma entrevista exclusiva ao O Imparcial, revelando um pouco de sua essência como poeta e ser humano
Na última segunda-feira (20), o Maranhão perdeu um de seus maiores expoentes literários. Emílio Ayoub, poeta, advogado e um dos pioneiros da poesia visual em São Luís, faleceu aos 87 anos no Hospital Guarás. A notícia de sua partida foi acompanhada pela perda de sua irmã, Lâmia Ayoub, que faleceu poucas horas depois e completaria 89 anos no próximo dia 26 de janeiro. As causas das mortes não foram divulgadas.
Com mais de 150 livros publicados e versos gravados nos muros da cidade, Ayoub transformou a paisagem urbana em um grande painel de poesia a céu aberto. Suas palavras, que já emocionaram gerações, ficarão para sempre marcadas na memória e nos corações dos ludovicenses.
O poeta dos muros
Em 2017, Emílio Ayoub concedeu uma entrevista exclusiva ao O Imparcial, revelando um pouco de sua essência como poeta e ser humano. Entre silêncios e reflexões, ele contou como sua poesia nasceu do desejo de compartilhar amor, calma e humanidade.
“Os muros são enfeites da cidade”
disse, descrevendo como começou a usar paredes como suporte para seus versos. Apesar de não lembrar o local do primeiro muro que recebeu sua poesia, Ayoub afirmou que essa prática começou na juventude e nunca cessou. “Somos eternos aprendizes”, refletiu.
O poeta, que preferia a introspecção e o contato com a natureza, encontrava no mar e no sol suas maiores inspirações. Todos os dias, ele visitava a praia, acompanhado por Mariana Matos, sua fiel escudeira e amiga inseparável. “Mariana é uma pessoa que quero sempre por perto”, confidenciou, evidenciando a importância dessa parceria em sua vida.
Você pode relembrar essa entrevista e conhecer mais sobre o legado de Emílio Ayoub acessando: https://oimparcial.com.br/noticias/2017/01/conheca-o-poeta-dos-muros/.