Um relatório da Comissão de Ética da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos revelou acusações graves contra Matt Gaetz, ex-deputado republicano e aliado próximo de Donald Trump. Entre as denúncias estão envolvimento em prostituição, uso de drogas ilícitas, relações com uma menor de idade e aceitação de presentes não permitidos enquanto ocupava o cargo no Congresso.

A investigação aponta que, entre 2017 e 2020, Gaetz gastou mais de US$ 90 mil em pagamentos a mulheres em situações relacionadas a sexo e drogas. Ele também teria concedido privilégios a pessoas com quem mantinha relações pessoais e dificultado a investigação da Comissão, recusando-se a cooperar.

Um dos episódios destacados inclui uma viagem às Bahamas em 2018, onde Gaetz teria recebido presentes acima do permitido. Há ainda o depoimento de uma jovem que afirmou ter recebido dinheiro dele em troca de sexo quando tinha 17 anos, embora não haja evidências de que Gaetz soubesse de sua idade na época.

O ex-parlamentar negou todas as acusações, alegando ser alvo de uma campanha de difamação. Ele afirmou que levou uma vida “desregrada” no passado, mas garante que hoje vive de forma diferente. O Departamento de Justiça também investigou algumas das alegações, mas não apresentou acusações criminais contra ele.

Apesar de Gaetz ter renunciado ao Congresso no mês passado, a Comissão de Ética decidiu divulgar o relatório, citando interesse público. Gaetz havia sido indicado por Trump ao cargo de procurador-geral, mas retirou seu nome da disputa ao perceber que não teria apoio suficiente no Senado para a confirmação.

Agora, Gaetz planeja iniciar uma carreira na mídia e considera uma possível candidatura a outros cargos políticos no futuro.

Fonte: Correio Braziliense