O cenário político e econômico global de 2025 apresenta profundas transformações, impulsionadas pelos resultados eleitorais de 2024. Nos Estados Unidos, Donald Trump inicia seu segundo mandato com um discurso que promete restaurar a economia americana, implementar políticas de imigração mais rígidas e confrontar potências como a China. Nomeações controversas, como Stephen Miller na Casa Branca e Tom Homan no ICE, sinalizam uma administração inclinada a medidas conservadoras e de endurecimento, especialmente na questão imigratória.

Na economia, as tarifas de Trump têm o objetivo de fortalecer a produção interna, mas podem reabrir uma guerra comercial com a China e criar atritos com aliados europeus. Seu distanciamento de acordos multilaterais também reforça tensões no comércio internacional. Além disso, a ameaça de uma recessão global persiste, com impactos sobre os países emergentes, que enfrentam desafios em sustentar suas economias em um ambiente de incertezas.

Na política externa, Trump adota uma postura isolacionista em algumas questões, retirando apoio a aliados como a Ucrânia, mas mantém foco no fortalecimento militar de Israel. Essa dinâmica reforça o governo de Benjamin Netanyahu, que intensifica ações contra grupos militantes e promove a expansão de assentamentos na Cisjordânia, exacerbando o conflito israelo-palestino.

A Europa também enfrenta um cenário conturbado. O Brexit ainda ecoa, enquanto nações lidam com questões de imigração e crescimento econômico. A liderança de países como Alemanha e França é desafiada por movimentos populistas e a fragmentação política, dificultando a coordenação em temas como segurança e sustentabilidade.

No Oriente Médio, as guerras na Síria e no Iêmen continuam, com consequências humanitárias devastadoras. O Sudão enfrenta uma grave crise política e social, agravada pela violência e instabilidade na região. Na Ucrânia, a guerra com a Rússia segue sem resolução, com impactos devastadores sobre a população civil.

As mudanças climáticas permanecem uma ameaça global. Apesar de alguns avanços, como o aumento de fontes de energia renovável, a resposta internacional ainda é insuficiente. Desastres naturais cada vez mais intensos demandam ações coordenadas, mas a ausência de consenso entre os líderes mundiais dificulta avanços significativos.

Enquanto isso, em meio à fragmentação global, organizações internacionais como a ONU lutam para manter sua relevância diante de crises simultâneas. 2025 será marcado por disputas entre o unilateralismo e esforços multilaterais, configurando um período decisivo para os rumos do planeta.

*Fonte: Correio Braziliense