digital

Mais da metade das carteiras de criptomoedas na América Latina possuem Bitcoin

O Brasil, como uma das maiores economias da América Latina, tem um papel muito importante, liderando em posse proporcional de Bitcoin e diversificação de portfólios.

Reprodução

O mercado de criptomoedas na América Latina está no auge, com uma adoção cada vez maior, sendo o Bitcoin o ativo mais popular na região. Segundo o relatório “Panorama Cripto na Região: Resumo do Primeiro Semestre de 2024”, elaborado pela Bitso, 53% das carteiras digitais latino-americanas possuem Bitcoin, um dado que reflete a confiança dos investidores na criptomoeda pioneira.

O Brasil, como uma das maiores economias da América Latina, tem um papel muito importante, liderando em posse proporcional de Bitcoin e diversificação de portfólios. O BTC continua sendo a moeda digital mais procurada pelos investidores na América Latina, compondo mais da metade das carteiras cripto na região.

Durante o primeiro semestre de 2024, a criptomoeda representou 28% do volume total de compras realizadas por investidores. O relatório da Bitso revelou que México, Brasil, Colômbia e Argentina são os países que mais contribuíram para essa adoção. O México lidera as compras de Bitcoin na região com 30% do volume total. O Brasil está em segundo lugar e detém 24% do volume.

Já a Colômbia e a Argentina representam 19% e 12%, respectivamente, do volume total. O Bitcoin, além de sua ampla aceitação, também teve um desempenho financeiro impressionante no período, registrando uma valorização interanual de 108%. Essa alta reforçou sua posição como uma opção segura e confiável em um mercado financeiro volátil.

Embora o BTC esteja já consolidado, o mercado de criptoativos está crescendo. Os pré-lançamentos têm despertado cada vez mais interesse no Brasil. Um pré-lançamento de criptomoedas, também conhecido como ICO (Initial Coin Offering) ou IDO (Initial DEX Offering), é uma etapa inicial na qual os desenvolvedores de um projeto oferecem tokens a investidores antes de sua listagem oficial em exchanges.

Esses eventos permitem que os investidores adquiram os ativos a preços reduzidos, com a possibilidade de obter bons retornos caso o projeto seja bem-sucedido. Essas moedas, que ainda estão em fase de desenvolvimento ou oferta inicial, oferecem uma oportunidade única para investidores que desejam entrar cedo em projetos com potencial de valorização.

O mercado de criptomoedas no Brasil

O Brasil é, sem dúvidas, um dos mercados mais promissores para criptomoedas na América Latina. A instabilidade econômica, combinada com um sistema financeiro tradicional que nem sempre atende às necessidades da população, tem impulsionado o interesse em ativos digitais. Um dos aspectos que mais chama a atenção é a proporção de carteiras que possuem Bitcoin no país.

Além disso, o Brasil é conhecido pela diversificação dos portfólios, com um grande aumento na adoção de altcoins e moedas estáveis, como USDT e USDC. A desvalorização do real nos últimos anos e a alta inflação têm levado os brasileiros a buscar alternativas para proteger seu poder de compra. As criptomoedas oferecem uma solução descentralizada e menos suscetível às políticas monetárias nacionais.

Isso explica por que o Brasil registrou um aumento impressionante no número de investidores em criptomoedas no último ano. Além disso, a regulação de criptoativos no Brasil está em pauta, com iniciativas para criar um arcabouço jurídico que proporcione mais segurança para investidores e empresas do setor.

O Banco Central do Brasil também tem explorado o desenvolvimento de uma moeda digital nacional, o real digital, que poderá complementar esse mercado em expansão. Embora o Bitcoin continue sendo o ativo dominante, outras criptomoedas também estão ganhando espaço nas carteiras dos brasileiros. O relatório da Bitso revelou a popularidade das altcoins e moedas estáveis.

Solana, por exemplo, teve um incrível aumento de 677% em seu valor nos últimos 12 meses. Reconhecida por sua velocidade e baixas taxas de transação, a criptomoeda tem atraído tanto investidores quanto desenvolvedores que buscam uma plataforma eficiente para criar aplicativos descentralizados.

No Brasil, o interesse por altcoins também demonstra a busca por diversificação. Moedas como Ethereum, Binance Coin (BNB) e Cardano (ADA) estão entre as mais procuradas, devido ao seu potencial de valorização e aplicação prática em contratos inteligentes e outras soluções baseadas em blockchain. Já as moedas estáveis, como USDT e USDC, são particularmente populares entre os brasileiros.

Esses ativos, que têm seu valor atrelado a moedas fiduciárias como o dólar, oferecem uma alternativa menos volátil em comparação a criptomoedas tradicionais. O relatório revelou que, no Brasil, as moedas estáveis representam 36% do volume total de compras de criptomoedas, superando a média de outros países da região.

Esse tipo de ativo é amplamente utilizado para remessas internacionais, proteção contra a inflação e até mesmo como reserva de valor, especialmente em um ambiente de incerteza econômica. O mercado de criptomoedas no Brasil está em constante evolução, impulsionado por uma combinação de fatores econômicos, tecnológicos e sociais.

A criação de leis mais claras para o setor pode atrair investidores institucionais e aumentar a confiança no mercado. A popularização dos tokens exige mais iniciativas de educação financeira para ajudar novos investidores a entender os riscos e benefícios desse mercado. Projetos baseados em blockchain, como o real digital, podem abrir novas possibilidades para o uso de criptomoedas no cotidiano dos brasileiros.

VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Negócios
Mais Notícias