Justiça bloqueia contas de Paço do Lumiar
Conforme a denúncia, a gestão municipal foi acusada de práticas irregulares que resultaram em um colapso financeiro, provocando necessidade de intervenção judicial.
O que deveria ser um período de celebração e esperança em pleno Natal, tornou-se um momento de incerteza e apreensão para os servidores públicos de Paço do Lumiar, na Região Metropolitana de São Luís. Uma decisão judicial bloqueou as contas do município, comprometendo o pagamento de salários e o sustento de centenas de famílias.
A decisão foi proferida pelo juiz Gilmar de Jesus Everton Vale, com base em uma ação movida pelo Ministério Público do Maranhão. O órgão acusa o atual prefeito, Inaldo Pereira (PSDB), de má gestão dos recursos públicos. De acordo com a denúncia, a administração municipal teria cometido irregularidades que culminaram no colapso financeiro, levando à intervenção judicial.
A situação é ainda mais delicada porque ocorre em meio a uma transição administrativa conturbada. Faltando poucos dias para o fim de seu mandato, Inaldo Pereira exonerou, no último dia 17 de dezembro, 227 servidores comissionados de 14 secretarias municipais, além de cargos no gabinete do prefeito, na Procuradoria Geral e no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). Segundo fontes ligadas à prefeitura de Paço do Lumiar, muitos dos exonerados ocupavam posições estratégicas em departamentos e divisões, aprofundando o impacto administrativo da decisão.
A medida intensificou a instabilidade política e financeira que paira sobre Paço do Lumiar. A exoneração em massa, somada ao bloqueio das contas, praticamente paralisou a máquina pública, prejudicando tanto os servidores quanto a população luminense, que depende dos serviços essenciais agora comprometidos.
Em nota oficial divulgada pelas redes sociais, a Prefeitura de Paço do Lumiar expressou “profunda tristeza” em relação ao bloqueio das contas, classificando-o como “desproporcional e arbitrário”. A administração alegou que a decisão prejudica direitos fundamentais dos servidores, incluindo aposentados e pensionistas, além de comprometer a continuidade de serviços essenciais à população luminense.
De acordo com a nota, a solicitação para liberar recursos destinados à ceia de Natal e outras festividades de fim de ano foi negada pelo Tribunal de Justiça do Maranhão. A prefeitura informou que irá recorrer da decisão, buscando mitigar os impactos negativos e assegurar os direitos constitucionais de servidores e moradores.
O cenário de crise se agrava com a aproximação do término do mandato de Inaldo Pereira. Já o prefeito eleito, Fred Campos (PSB), diplomado no dia 6 deste mês, enfrentará o desafio de assumir o município em meio ao caos administrativo e econômico. Para muitos, a crise financeira não é apenas um problema administrativo, mas uma questão humanitária que precisa ser resolvida com urgência.
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