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Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA, morre aos 100 anos

Ex-presidente dos EUA, Nobel da Paz e defensor de causas humanitárias, Carter deixa um legado de serviço público e diplomacia.

(Crédito: AFP)

O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter faleceu neste domingo (29), aos 100 anos. A informação foi divulgada pelo jornal The Washington Post, que confirmou a notícia com um dos filhos do ex-presidente.

Trajetória política e desafios na presidência

Membro do Partido Democrata, Carter iniciou sua carreira política como senador e, posteriormente, governador da Geórgia. Ele chegou à presidência em 1977, onde enfrentou crises marcantes, como uma recessão econômica, uma crise energética e o caso dos 52 reféns americanos sequestrados no Irã. Esses desafios marcaram sua gestão, que durou até 1981, sendo sucedida pelo presidente Ronald Reagan.

Apesar das dificuldades, Carter teve conquistas relevantes na política internacional, incluindo a mediação de um acordo histórico entre Israel e Egito em 1978. No mesmo período, liderou o boicote às Olimpíadas de Moscou em 1980, como protesto contra a invasão soviética ao Afeganistão.

Vida após a Casa Branca

Depois de deixar a presidência, Carter dedicou-se a causas humanitárias e à diplomacia. Em 1982, fundou o Centro Carter, uma organização sem fins lucrativos voltada para questões de políticas públicas e direitos humanos. Por seu trabalho em promover a paz e soluções para conflitos globais, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2002.

Além de sua atuação filantrópica, Carter voltou à cidade natal de Plains, na Geórgia, onde retomou os negócios familiares e ministrou aulas. Até o fim da vida, manteve-se ativo em projetos voltados para o bem-estar social.

Um legado que atravessa gerações

Jimmy Carter nasceu em 1º de outubro de 1924, em uma área rural da Geórgia. Filho de um fazendeiro e de uma enfermeira, formou-se em Ciências pela Academia Naval dos Estados Unidos em 1946. Após servir na Marinha, onde chegou ao cargo de tenente, deixou a carreira militar em 1953 para cuidar da fazenda de sua família após a morte de seu pai.

Ao longo de sua vida pública, Carter destacou-se como defensor da igualdade racial e dos direitos humanos. Mesmo enfrentando críticas e desafios políticos, seu legado como estadista, filantropo e pacifista permanece como um exemplo de dedicação ao serviço público.

Jimmy Carter deixa a esposa, Rosalynn Smith, com quem se casou em 1946, quatro filhos e um extenso legado. Sua influência também foi sentida na política por meio de um neto, que atuou como senador pelo estado da Geórgia.

*Fonte: Correio Braziliense

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