Comemora-se hoje 02 de Dezembro o Dia do Samba, estilo musical que possui origens africanas, porém ao chegar no brasil no final do século XIX por meio dos escravizados, se desenvolveu de maneira ampla futuramente transformando-se em um fenômeno cultural importantíssimo para a identidade do País. Após a fusão de culturas presentes naquele contexto, a sonoridade da música sofreu inúmeras adaptações provenientes da mistura de ritmos tradicionalmente africanos com influências europeias, em especial a música portuguesa.

Existem muitas teorias que tentam explicar o por quê desta data ser escolhida para representar o Dia do Samba, entre as explicações mais aceitas, a justificativa é de que tal dia refere-se ao momento em que a cantora Ary Barroso visitou pela primeira vez o Brasil.

O ritmo começou a ganhar visibilidade e tamanho a partir do início do século XX, com as famosas casas de baianos onde somente eram tocadas músicas de tal estilo. Já em 1917, foi realizada a gravação da icônica da faixa “Pelo Telefone” de Donga e Mauro de Almeida, considerada o primeiro samba oficialmente registrado.

Impulsionada pelo rádio, a consolidação do estilo musical em território brasileiro veio acontecer na década de 1930 e 1940, afirmando o Samba como um dos símbolos da cultura nacional mais importante e presente na vida da grande população.

Após o ritmo ser aceito e adorado por ouvintes em todo o Brasil, o Samba desenvolveu-se ao ponto de possibilitar a formulação de subgêneros como o samba-enredo, samba-canção, samba-rock, pagode e entre outros. Já em 1950, o estilo recebeu reconhecimento internacional com a popularização da bossa nova, que consiste na fusão de ritmos como o jazz e o próprio samba.

Conforme o gênero foi consolidado entre ouvintes de todo o mundo, os grandes festivais de samba no Brasil foram tomando maiores proporções, resultado do aumento da popularidade do ritmo que o transformou em um verdadeiro fenômeno cultural. Atualmente o Samba segue como um principais ritmos do Brasil, sendo considerado por muitos como uma das representações culturais mais únicas e apaixonantes do país.

Desde sua criação, foram incorporados diversos novos subgêneros que enfatizam ainda mais o grande sucesso do ritmo em relação a alta taxa de aceitação do público. O gênero possui entusiastas e ouvintes em todo o território nacional, porém sua popularidade é mais evidente na Bahia e no estado do Rio de Janeiro.

Sambas Icônicos

• Não deixe o samba morrer – Alcione (1975)
• Trem das Onze – Demônios da Garoa (1964)
• Eu e Você Sempre – Jorge Aragão (2000)
• Meu Lugar – Arlindo Cruz (2007)
• Deixa a Vida Me Levar – Zeca Pagodinho (2012)
• Argumento – Paulinho da Viola (1975)
• Eu Sou o Samba – Seu Jorge (2010)

Sambistas Maranhenses de sucesso

Alcione – Considerada nacionalmente como uma das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos, Alcione Dias Nazareth é um ídolo para inúmeras gerações de amantes da música nacional, suas canções ultrapassam os ouvidos do público sambista, conquistando de maneira efetiva e amorosa a atenção e admiração de fãs em todo o Brasil.

Josias Sobrinho – Mesmo que seus trabalhos transitem por diferentes estilos, suas letras valorizam e evidenciam a música popular maranhense incorporando elementos do Samba em diversas de suas obras musicais.

Patativa – Nomeada em sua certidão como Maria do Socorro Silva, Patativa foi uma das mulheres mais importantes para a história do Samba maranhense, sendo considerada um símbolo de resistência e representatividade.

Criolina – Mesmo que não sejam exclusivamente artistas do Samba, o duo formado por Alê Muniz e Luciana Simões formula músicas que integram elementos de diversas culturas e ritmos, agregando valor e diversidade ao cenário musical do Maranhão.

Turma do Vandico – Com 38 anos de existência, o grupo tradicional sambista é um dois responsáveis por manter acesa a chama que aquece e alimenta a cultura do Samba de rodas no Maranhão e especialmente em São Luís.