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Artistas maranhenses participam de exposição inédita no MAB-FAAP, em São Paulo

Obras de Gê Viana e Tassila Custodes fazem parte da mostra “Ancestral: afro-américas – Estados Unidos e Brasil”, focada em arte afro-diaspórica dos dois países, ao lado de outros 72 grandes artistas.

Créditos: Divulgação

As artistas Gê Viana (1986) e Tassila Custodes (1999) são as duas grandes representantes do Maranhão na exposição “Ancestral: Afro-Américas – Estados Unidos e Brasil”, em exibição no Museu da Arte Brasileira da FAAP, em São Paulo, ao lado de nomes como Abdias do Nascimento, Rosana Paulino e Bispo do Rosário. 

Gê Viana apresenta “Radiola de Promessa”, trabalho inédito e única obra interativa da exposição. A videoinstalação apresenta com colagens animadas e música uma celebração dos Santos padroeiros no Quilombo Mocajutuba II. Como parte da imersão e com a intenção de fazer os visitantes terem uma experiência próxima da que viveu, é possível segurar um defumador virtual por meio de um sensor e defumar digitalmente o ambiente dentro da obra. 

Radiola de Promessa”, de Gê Viana, na exposição “Ancestral: Afro-Américas – Estados Unidos e Brasil”, no MAB-FAAP, em São Paulo (Créditos: Divulgação)

A artista produz colagens, fotomontagens e vídeos que confrontam a cultura colonizadora hegemônica e os sistemas de arte tradicionais, utilizando figuras de obras clássicas brasileiras do século XIX, como em sua série “Atualizações Traumáticas de Debret”, em que recorta personagens dos quadros do pintor e transforma as cenas para apresentar narrativas inspiradas em acontecimentos de sua vida e do cotidiano. A artista também foi vencedora do Prêmio PIPA em 2020. 

Tassila Custodes apresenta em “Ancestral” sua pintura “Exu em sua performance de engolir mundos e fundos”, obra que reflete a indagação pelas injustiças do cotidiano político e socioeconômico com as populações racializadas, mostrando o orixá mensageiro como uma espécie de saída de emergência para os problemas do mundo. 

A partir de pinturas, lambe-lambes e colagens digitais, a artista, também conhecida por seu nome ioruba Emi Ajé Dudu, une regionalismos maranhenses, a ancestralidade familiar e a territorialidade das tradições de matriz africana, representando em suas obras os espíritos, orixás e arquétipos de religiões afro-brasileiras. Muito ligada à própria espiritualidade, Tassila Custodes busca orientação na religiosidade para existir espiritualmente através da arte, transmitindo para as telas o pertencimento cultural que experiencia nos terreiros. 

“Exu em sua performance de engolir mundos e fundos”, de Tassila Custodes, na exposição “Ancestral: Afro-Américas – Estados Unidos e Brasil”, no MAB-FAAP, em SP (Créditos: Target Midia)

A mostra “Ancestral: Afro-Américas – Estados Unidos e Brasil” conta com curadoria dupla da brasileira Ana Beatriz Almeida e da americana Lauren Haynes e direção artística de Marcelo Dantas, e fica em cartaz em São Paulo até 26 de janeiro de 2025, com entrada gratuita. Após o período, a exposição seguirá em itinerância para Salvador, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro. 

Com apoio da Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP e da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, tem patrocínio do BB Asset, Bradesco, Caterpillar, Instituto CCR, Citi, Itaú Unibanco, Whirlpool e Bank of America – que cedeu 52 obras de seu acervo para a mostra. Além dele, o Museu Afro Brasil também cedeu obras de sua coleção para a ocasião.  

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