Nesta quinta-feira (07), foi vendida pela primeira vez em leilão uma obra de arte criada por um robô humanoide. A venda ultrapassou o valor estabelecido pela casa de leilões Sotheby’s Digital Art Sale, segundo a empresa “é um marco na história da arte moderna e contemporânea e reflete a interseção crescente entre a tecnologia de IA e o mercado de arte global“.

O robô responsável pela criação da obra é chamado de Ai-Da e tem formato de mulher, sua estrutura tecnológica é uma das mais avançados do mundo. Aidan Meller, grande especialista em arte mordena e criador do humanoide, conta que “O robô Ai-Da é o artista perfeito para discutir o desenvolvimento atual da tecnologia e o seu legado”. Por meio da inteligência artificial, o robô afirma que “O valor-chave do meu trabalho é a sua capacidade de servir como catalisador do diálogo sobre as tecnologias emergentes”.

A capacidade de gerar ideias por meio de conversas também faz parte das funções cognitivas de Ai-Da. A ideia de formular um retrato do grande matemático inglês Alan Turing, veio do próprio robô. Antes da formulação da obra, os membros do estúdio lhe perguntaram quais cores e estilos seriam utilizados no retrato, posteriormente, foi colocada uma foto do matemático na frente das câmeras dos seus olhos em forma de referência visual para a produção do da pintura.

A evolução da inteligência artificial e seus impactos na produção de diversos tipos de conteúdos e materiais já é uma realidade comum ao mundo. Segundo especialistas em inteligência artificial das universidades inglesas de Oxford e Birmingham, Turing (homem retratado na obra) já havia expressado suas preocupações relacionadas ao uso da IA na década de 1950.