atos antidemocráticos

Quem são os cinco militares que recusaram adesão ao plano golpista

Generais e comandantes das Forças Armadas se opuseram à tentativa de golpe e foram alvo de ataques nas redes sociais.

O militar Freire Gomes foi chamado de "cagão" pelo general Braga Netto por causa da recusa ao plano golpista (Foto: Isac Nóbrega/PR)

O relatório final da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 destacou tanto os envolvidos no plano quanto os militares que se recusaram a participar, mantendo uma postura legalista.

Entre eles, o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, afirmou que, embora tenha participado de reuniões no Palácio da Alvorada, deixou claro ao então presidente Jair Bolsonaro que o Exército não implementaria mecanismos como Garantia da Lei e da Ordem, Estado de Defesa e Estado de Sítio para reverter o processo eleitoral. Por sua recusa, foi chamado de “cagão” pelo general Braga Netto.

Outro nome citado foi o do tenente-brigadeiro Baptista Júnior, então comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), que rejeitou qualquer adesão ao plano golpista e afirmou não concordar com atos que impedissem a posse do governo eleito. A PF também apontou que o general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, atual comandante do Exército, manteve uma posição institucional contra ações ilícitas, enquanto o general André Luís Novaes Miranda recomendou que militares não participassem de atos no dia 7 de setembro de 2022. O general Guido Amin Naves também se posicionou contra o plano.

Os militares que resistiram ao plano foram alvo de ataques nas redes sociais e em publicações de apoiadores de Bolsonaro. Uma dessas mensagens dizia: “Dos dezenove generais, estes cinco canalhas não aceitam a proposta do povo. Querem que Lularapio assuma”. O relatório da PF apontou que esses oficiais foram expostos por meio de fake news, em um esforço para destruir suas reputações no meio militar, usando um modus operandi atribuído à “milícia digital”.

*Fonte: Correio Braziliense

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