Eleições Americanas: 5 fatores que explicam o retorno de Trump à Casa Branca
Quatro anos depois de ter falhado a sua tentativa de reeleição, Trump conseguiu inverter a situação ao derrotar decisivamente Kamala Harris.
5. A mudança da candidatura democrata
A campanha eleitoral de Trump também foi ajudada pelos altos e baixos do Partido Democrata durante esta campanha.
O presidente Joe Biden tentou a reeleição e inicialmente liderou as pesquisas. No entanto, a partir de março de 2024, a sua popularidade caiu, à medida que cresciam as dúvidas dentro e fora do seu partido sobre a idoneidade da sua candidatura, especialmente devido às preocupações com a sua idade avançada e às dúvidas sobre o seu suposto declínio cognitivo.
A situação chegou ao auge durante o debate que os dois candidatos realizaram no final de junho, quando Biden teve dificuldade em apresentar os seus argumentos e, por vezes, pareceu ter perdido a linha de pensamento.
Poucos dias depois, Biden anunciou a sua desistência da corrida e o seu apoio à candidatura da sua vice-presidente Kamala Harris.
Em poucas semanas, Harris assumiu a liderança democrata e conseguiu recuperar o terreno perdido por Biden nas sondagens, mas apenas até se estabelecer numa situação de empate técnico com Trump, que se manteve até às eleições.
Menos conhecida dos eleitores do que Trump, Harris teve dificuldade na campanha em se dissociar das políticas de Biden e das suas aparentes consequências em termos de inflação e da crise na fronteira.
Harris tentou apresentar a sua candidatura como uma opção de “mudança” e alegria geracional, mas a sua candidatura não pareceu convencer os eleitores insatisfeitos com o sistema político americano.
A candidata democrata também foi prejudicada pela sua recusa em conceder entrevistas à imprensa durante as primeiras semanas de campanha, o que alimentou a ideia de que não tinha um plano governamental claro.
Além disso, ao longo da campanha, Harris parecia uma clara favorita para ganhar o voto feminino, mas perdeu muito terreno no voto masculino, especialmente entre os jovens negros e hispânicos que se voltaram notavelmente para Trump, contribuindo assim para o seu regresso ao cargo na Casa Branca.
* Ángel Bermúdez – BBC News Mundo/Correio Braziliense
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