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Eleições Americanas: 5 fatores que explicam o retorno de Trump à Casa Branca

Quatro anos depois de ter falhado a sua tentativa de reeleição, Trump conseguiu inverter a situação ao derrotar decisivamente Kamala Harris.

Presidente eleito dos EUA, Donald Trump • (REUTERS/Brian Snyder)

3. Imigração e fronteira

Oficiais dos EUA tentam conter imigrantes com gás lacrimogêneo Foto Reuters
Oficiais dos EUA tentam conter imigrantes com gás lacrimogêneo (Foto: Reuters)

A candidatura de Trump também se beneficiou da questão da migração e da situação na fronteira com o México, considerada “extremamente importante” ou “muito importante” por 7 em cada 10 eleitores, segundo o Gallup.

Contribuindo para esta percepção está o grande aumento no número de tentativas de entrada nos Estados Unidos pela fronteira sul, que nos primeiros três anos da administração Biden atingiu 6,3 milhões, segundo dados do Departamento de Segurança Interna.

Durante esse período, 2,4 milhões de pessoas foram admitidas nos Estados Unidos, sendo que a maioria está em processo de expulsão em tribunais de imigração, perante os quais podem pedir asilo.

A isto devemos acrescentar as imagens de “caravanas” com milhares de pessoas caminhando pelo México e pela América Central em direção aos EUA, bem como a presença visível destes migrantes em muitas das principais cidades do país.

Estes elementos alimentaram o discurso de Trump segundo o qual o governo democrata tinha uma política de fronteiras abertas que permitia a livre entrada de “milhões” de migrantes sem qualquer tipo de controle, incluindo muitos criminosos.

Esta situação constituía um cenário ideal para um candidato como Trump, que não só tinha um discurso anti-imigração, mas que já tinha demonstrado no seu governo que se tratava de um assunto que o preocupava e para o qual estava disposto a tomar medidas como continuar a a construção do muro na fronteira com o México ou a adoção de propostas para dificultar o processamento dos pedidos de asilo e refúgio.

Durante a campanha, Trump prometeu selar as fronteiras e realizar a “maior deportação” da história dos EUA.

Ela também atacou Harris pelo papel que desempenhou não apenas como vice-presidente, mas pelo fato de Biden a ter nomeado responsável por encontrar soluções para os problemas subjacentes que estavam a impulsionar a migração dos países centro-americanos para os EUA.

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